Pesquisa lança mais luz na optogenética (sim, trocadilho)

Imaginem se pudéssemos controlar os seus genes com luz. Apenas luz. Tá, ok, não é apenas luz, mas seria legal mesmo assim. Isso pode beirar a ficção científica, mas tem sólida base científica. Isso é chamado "optogenética", em que podemos usar canais ativados pela luz, com comprimento de onda bem definido, de forma a a conseguirmos uma expressão de alguns genes. Com isso, podemos usar a optogenética para analisar neurônios de alguns animais, controlando os seus eventos elétricos e bioquímicos, modulando comportamentos. Mas antes que pergunte, não. Usar ligar uma lanterna na cara do seu cunhado não o fará ir buscar cerveja. Tente ameaçá-lo com violência física apelando para uma lanterna pesadona.

Então, vem a grande pergunta: Como a optogenétca funciona? Ninguém sabe todos os detalhes, sorry. No máximo, sabe-se que tal técnica se baseia em proteínas derivadas das rodopsinas, proteínas encontradas nas células bastonetes, encontrados no epitélio pigmentar da retina dos olhos.

O dr. David Kliger é professor e Física e Ciências Biológicas do Departamento de Química e Bioquímica da Universidade de Santa Cruz, EUA. Ele e seus súditos pesquisam técnicas de espectroscopia de forma a aplicá-las em uma vasta gama de substâncias fotoquímicas, para resolver problemas fotobiológicos.

A equipe do dr. Joseph Klimber, digo, David Kliger desenvolveu uma técnica mais sensível para medir o espectro de absorção, bem como técnicas de análise para extrair com eficiência máxima mecanicista informações a partir dos dados e….

ZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzz
ROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONC!!!

Kliger estuda os fenômenos da optogenética, para depois chegar na vias de fato do tipo "O que diabos podemos fazer com isso?"

Bem, as técnicas da optogenética permitem mapear e controlar células nervosas usando estimulação luminosa. Meteu luz lá, o neurônio faz o que você quiser… ou quase. Agora, pesquisas visam estudar os circuitos neurais no cérebro com uma precisão sem precedentes, graças aos poderes mágicos das substâncias derivadas das rodopsinas e, pelo visto, pesquisadores determinaram o mecanismo molecular envolvido na ativação induzida pela luz de uma destas proteínas.

O problema da optogenética é que ninguém sabe todo o mecanismo do por que ela funciona. Só se tem certeza que funciona, e muito bem, mas um artigo publicado no Journal of Biological Chemistry, pode dar uma ajudinha para quem quiser criar proteínas sob medida, já otimizados para uso em optogenética, através de espectroscopia de laser rápido. Mesmo porque, qualquer coisa é uma boa desculpa para se usar lasers. Tudo fica melhor com lasers.

Com a pesquisa, mais pesquisadores poderão ter acesso a um caminho que ainda está sendo desbravado, sendo esta publicação mais uma orientação, uma bússola de como proceder, com novas técnicas, novas metodologias. E isso é muito legal.


Fonte: Press Release da UC Santa Cruz.

Um comentário em “Pesquisa lança mais luz na optogenética (sim, trocadilho)

  1. Poderia ser usado para, além de mapear e controlar, “consertar” células “quebradas”, curando doenças tipo epilepsia e etc.?

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