Existem muitas teorias sobre a formação da Lua, nosso satélite natural. Alguns acham que a Lua e a Terra tiveram formação conjunta, vindo da mesma poeira de estrela. Outros, que a Lua se separou da Terra. Há aqueles que acham que a Lua foi formada em outro lugar, nada a ver com a Terra e acabou por aqui porque veio zanzando pelo Universo. Mas a teoria mais aceita é que um planeta meio que do tamanho de Marte veio em direção à Terra, deu-lhe uma porrada e mandou um naco deste tamanhão, com rochas, lava etc. Estes detritos se aglutinaram gravitacionalmente, formando a Lua.
A teoria do impacto colossal – que teria tido lugar lá pela bacia do Oceano Pacífico – que sustenta que um corpo chamado Theia parece ter agora mais evidências, encontradas na própria Lua.
Além do tamnho da Lua, sua composição geológica, ausência de água e a forma como a Lua gira ao redor da Terra tem mais uma carta que compõe a canastra: evidências minerais que não são semelhantes à Lua nem à Terra, isto é, que só seria possível se visse de um corpo nada a ver com nossos Sistema Solar.
O dr. Daniel Herwatz é geoquímico, uma cara que mexe com coisas que fedem e tem pedras na cabeça. Ele trabalha no Departamento de Geologia Isotópica, na Faculdade de Geografia e Geociências da Universidade de Göttingen, Alemanha.
Com o resultado de exames de rochas lunares, parecia que a grande colisão nunca acontecera. Sua conclusão foi que a amostra obtida era uma contaminação de outro corpo, que Herwatz imagina ser a prova da existência de Theia.
Analisando os dados dos testes de radioisótopos, o alemão observou que os níveis de isótopos de oxigênio eram muito díspares do que deveria ser (e quando falo "oxigênio", me refiro às cominações desse elemento com outros e não do gás em si. Afinal, estamos falando de rochas e não de atmosfera).
Herwartz pensou que talvez o erro era um acontecimento de variância estatística, isto é, um erro. Ele levou amostras das missões Apollo 11, 12 e 16 missões e injetou oxigênio aquecendo-o em um recipiente com gás flúor, purificado, e então mandou pra aparelhagem fazer o seu trabalho, medindo as proporções de isótopos em um espectrômetro de massa.
Esta diferença confirmou que a lua não era feita de material que se formou na mesma região da terra, e, mais importante ainda, que não é meramente um pedaço de Terra. A diferença de isótopos sugerem que Theia provavelmente formou-se em uma região do sistema solar perto da Terra. A pesquisa foi publicada no periódico Science.
Mas com tanta criancinha passando fome…
Sim, criancinha passando fome que ainda estariam passando fome se não gastassem dinheiro com pesquisas assim. Saber do Universo é mais que coletar informações. É saber sobre nós mesmos. É desenvolvermos tecnologias de análises que serviram para outros fins.
Mas o que isso afeta a minha vida?
A mesma coisa que afeta a vida de bilhões de pessoas a sua avidez em saber se a bosta do seu timeco de futebol ganhou o campeonato.
Mas para que serve saber isso?
Para que serve um bebê, mesmo?
Nós sabemos mais, e isso é fantástico. Imaginem um Homo habilis olhar pra uma fogueira e pensar "meh, para que eu quero saber por que aquela bagaça queima?" (se bem que ele provavelmente pensou: "mauahagrhhhashuahbanmawrehuauaaa"
Saber mais sobre o Universo nos faz maiores, abre nossos horizontes e massageia o nosso ego, pois nós nos admiramos com o que tem lá fora e, mais que isso, temos a maravilha de saber o porque e como acontece; e é isso que nos diferencia de outros animais, protozoários e comentaristas de sites de notícia (lista em ordem decrescente de desenvolvimento cognitivo)
Dá uma olhada André:
“A hipótese mais aceita atualmente sobre a origem da Lua propõe que nosso satélite foi criado quando a Terra primitiva foi atingida por um protoplaneta do tamanho de Marte, chamado Téia.
No choque, Téia teria se vaporizado, mas não sem antes arrancar um enorme pedaço da Terra. A nuvem de partículas criada pelo impacto mais tarde teria coalescido para formar a Lua – veja mais em Um planeta desaparecido e a origem da Lua.
Decorre desse modelo que essa nuvem de poeira não deveria conter elementos altamente voláteis, como hidrogênio, cloro e enxofre.
No entanto, a descoberta do radical hidroxila na apatita lunar desafia essa teoria, uma vez que ela pode ter-se formado em um ambiente que continha água, um composto volátil por excelência.
“Seria surpreendente se essa água tivesse sobrevivido ao impacto, porque outros elementos menos voláteis, como o sódio e o potássio, estão fortemente ausentes. Os detalhes da teoria do grande impacto precisam ser reexaminados,” disse Yang Liu, coautor do estudo.”
A matéria toda:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=hidroxila-agua-rocha-lunar-teoria-formacao-lua&id=010130100722
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