Desde que o mundo é mundo (literalmente), ele age sobre tudo à sua volta. Seja pequenos corpos, seja corpos maiores, seja corpúsculos bem pequenos. Quando nossa aventura espacial começou (no momento que o pessoal resolveu olhar pra cima e tentar entender o que via) não se imaginava até onde podemos ir. Ainda hoje não sabemos para onde podemos ir, mas temos boa noção do que está acontecendo ao nosso redor, e isso começou a ser elucidado com as primeiras sondas não tripuladas que foram ao Espaço.
Quando os homens loucos lançaram suas máquinas maravilhosas, uma das coisas que se descobriu foi o Cinturão de Van Allen, em 1958. Sim, temos videozinho da época.
Este lugar não toca rock o dia todo. Lá, as chamadas "radiações de Van Allen" formam três anéis, com origem no centro do nosso planeta, sendo que o mais interno situa-se entre mil e cinco mil quilômetros de altura e os demais não estão tão separadinhos assim do interno, onde ambos os anéis estão se misturando formando uma coisa só em alguns trechos. Ninguém falou que a Natureza tinha que ser organizadinha. Nessa região, partículas de alta energia chocam-se com os prótons que estão calminhos gerando incríveis efeitos. As partículas "resvalam" em direção aos pólos e fazem o fantástico show de luz e cores conhecido como "Aurora Boreal" e "Aurora Austral".
No vídeo abaixo, explica-se o Cinturão de Van Allen e a missão Radiation Belt Storm Probes.
O campo magnético da Terra firma aquelas partículas lá, pois se dependêssemos da gravidade, elas já teriam ido embora há muito tempo. Em 30 de agosto de 2012, a NASA lançou sondas até o Cinturão de Van Allen para estudar o que acontece lá. Seguindo uma órbita elíptica, as sondas mergulharam& no centro do Cinturão de Van Allen, de forma a captar e estudar a dinâmica como lotes de novas partículas entraram lá.
As sondas retornaram resultados mostrando que os níveis de partículas de alta energia dentro do próprio núcleo espalharam-se a partir daí, o que confirma que o campo magnético da Terra está agindo como um gigantesco acelerador de partículas, onde algumas dessas chegam a velocidades relativísticas. A pesquisa foi publicada na Science.
