Estrela de Krypton agora está no mapa

E aquele que nasceu de forma diferente veio à Terra para nos salvar. Ensinou-nos sobre verdade e justiça, sempre usando seu poder para ajudar as pessoas. A vantagem é que ele não foi parar num ridículo pedaço de pau. Estou falando do Super-Homem, claro. Como todo fã de quadrinhos sabemos, Krypton orbitava uma estrela vermelha, a qual fez o favor de explodir levando todo mundo com ela. Jor-El sabia que vinha uma catástrofe eminentes, mas o Conselho de Krypton devia ser formado por políticos brasileiros, cortaram a verba do cara e o impediram de divulgar a informação. Deu no que deu.

A questão é: afinal, que diabos de estrela era aquela? Não que isso sequer fosse discutido, mas não custa nada dar um pouco mais de detalhes. A DC correu atrás e se consultou com quem eu considero um dos melhores divulgadores da Ciência da atualidade: Neil deGrasse Tyson.

Primeiro de tudo seria classificar a estrela. Sabe-se, mediante a história, que a estrela era vermelha e fez KABUM! (ok, estrelas não fazem "kabum", é uma licença poética, seu silvícola atoleimado.) Então, estaria descartada as gigantes vermelhas, aquelas coisas lindas em que nosso Sol se transformará, enquanto e3stiver devorando Mercúrio, Vênus, a Terra e Marte, daqui a alguns bilhões de anos. Gigantes vermelhas não explodem.

Outra opção seria uma Vermelha Supergigante, só que elas têm vida curta, o que não daria tempo para uma civilização tecnologicamente avançada, como Krypton, se desenvolver. A não ser que eles tivesse caído lá de paraquedas, mas como nada indica isso, considera-se que tal civilização teve origem e morte ali mesmo.

Ao consultar Neil Tyson, este ficou de achar uma estrela que se encaixasse na descrição dada pela história. A resposta sairá na edição Action Comics Superman # 14: Uma anã vermelha. Aliás, o próprio Neil faz uma ponta na história:

Eu sempre achei aquele colete do Tyson o maior barato.
Será que vende no Planetário Hayden?

A estrela escolhida para representar a algoz de Krypton é a LHS 2520, uma anã vermelha na constelação de Corvus. É uma anã M3.5, o que significa que tem cerca de um quarto da massa do nosso Sol, um terço de seu diâmetro seu terceiro e aproximadamente a metade da temperatura dele. Sua luimionosidade é aquelas 1% do que o que temos aqui. Nada muito expressivo, mas tem seu encanto próprio.

Claro que uma estrela dessas não seria suficiente para sustentar uma civilização. Ela é muito fria e a temperatura em Krypton seria de algo em torno de –170ºC, mas não importa. É uma forma de atrair os jovens para conceitos científicos, de divulgar a Ciência. Mesmo porque, um cara voando por seu próprio meio, carregando um edifício no muque, onde a Lei da Ação-Reação é ignorada, não podemos esperar muito. Mas é uma revista de herois e tem o seu lugar e quanto mais fizerem para divulgar a Ciência, melhor.


Fonte: Astrônomo Mau

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