Claro que num site de divulgação científica, o único M16 digno de ser mencionado é a famosa nebulosa da Águia, também chamada de Pilares da Criação, por causa das imensas colunas de gases que se erguem, onde estrelas como o nosso Sol são formadas. Trata-se de um maravilhoso berçário, onde o choro é substituído pelo som inexistente de toneladas e mais toneladas de hidrogênio sofrendo fusão nuclear e gerando outros materiais.
Os Pilares não são novidade desde 1995, mas impressionam. Cada colunata tinha mais de 4 anos-luz, isto é, cerca 3,784 × 1016 metros. Cada pontinho brilhante na foto é uma estrela, algumas muito, mas muito maiores que o nosso Sol. É estonteantemente lindo, apesar que sua existência real não tinha essas cores todas, já que as fotos passam por tratamento digital para revelar os detalhes, posto que normalmente essas fotos são tiradas com tecnologia de fotografia em infra-vermelho ou mesmo raios-X.
Saber da existência dessa maravilha mexe com nosso pensamento, nosso conhecimento, nossa filosofia. Se antes achávamos que nossa estada aqui é prova suprema de alguma entidade suprema, pois nossa existência suprema é incomparável, a visualização dos Pilares acaba mudando isso, pois é prova que a Entidade Suprema supremamente fez algo supremo para que nossa suprema existência seja comprovada de forma suprema. Os Pilares estão ali, e é só. Estamos aqui e é só. A única diferença é nosso grau de inteligência em poder admirar a foto acima.
Mas só a foto. Os Pilares da Criação não existem mais. Sua existência nunca foi suprema, mas efêmero, como tudo o mais no Universo.
Há alguns poucos anos, uns 6000, os Pilares da Criação deixaram de existir. Uma colossal explosão de uma supernova dispersou a colunata de gases e poeira. A maravilhosa imagem não existe mais, embora ainda possamos vê-la (não, seu binóculo comprado no camelô amigo não é suficiente). Dada a imensa distância de nós que beira os 7 000 anos-luz, ainda poderemos comtemplar a estupenda nebulosa que recebeu a codificação NGC 6611, descoberta em 1745 por Jean-Philippe de Chéseaux, por mais uns 1000 anos, até que finalmente ela deixe de existir. Pro Universo, não faz a menor diferença, como há 6000 anos não está fazendo.
Vai. Clica nela!
Apenas criaturinhas de vida limitada se embasbacam com isso, e isso é curioso, pois nos faz tolos e sábios ao mesmo tempo, já que damos valor especial a uma ocorrência fortuita, mas é uma ocorrência que esmaga nossos corações de forma tão intensa que nos sentimos realmente especiais por sermos os únicos seres vivos com capacidade de admirar isso, mesmo entre os animais da espécie Homo sapiens, posto que muitos de nossa espécie olham para isso de forma indiferente, preferindo admirar partes hipodérmicas de outras criaturas cuja reprodução fac-símile em 2D estampa produtos derivados de polpa de madeira.
Ainda que eu ande pelos vales escuros de uma noite sombria, quando luzes artificiais apagaram a luz das estrelas de todo o firmamento, eu não terei medo. Olharei pra cima e saberei que em algum lugar, ainda há fótons remanescentes da nebulosa da Águia a velar por mim. E quando do meu último suspiro, eu pensarei nela e terei vontade de realmente ir pro Céu. O único céu que realmente existe.
PS. Por que ao invés de dar um smartphone caríssimo pro seu filho você não dá um celularzinho barato e um telescópio?
Ceticismo, Ciência e Tecnologia 
Como sempre, o universo é algo primoroso… algo que nos faz pensar, pensar, pensar !!! Uma coisa, André… estou acostumado a ler seus textos, mas esse parece que não era seu… parece que outra pessoa escreveu!! Me desculpe caso esteja errado… mas então você estava num dia muito diferente dos demais!! Deve ter acontecido algo que fez você mudar até o estilo das palavras!! De qualquer forma, é maravilhoso tanto o texto quanto as imagens! Valeu !
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Estou de bom humor e vou ignorar a imensa MERDA que vc disse, ok? Passar bem.
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@André, Porra… a gente não pode nem fazer um comentário?? Saravá!!! Mas mesmo diante de seu inconformismo, vou continuar a ler seus textos!!! PAZ !!!
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Como desanima escrever algo para um bando de acéfalos que são incapazes de simplesmente TER PRAZER em ler. Ah, foda-se. Vou continuar escrevendo do jeito que eu quiser.
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@André, Calma mestre. Nós padawans apreciamos o seu texto. Só perdoe o nosso amigo Anubis, a força ainda é fraca nele.
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@André, Tenho prazer em ler seus textos, sim !!! E faço suas palavras a minha… foda-se, vou continuar lendo e interpretando como desejo!! Mesmo sabendo que alguns acéfalos não entendam!!
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Ler vc pode, comentar é outra história. Bye bye, trollzinho.
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@André, ei! :x
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@André, fiquei pensando: há vários astros à 65 milhões de anos-luz de nós que ainda estão recebendo as “notícias” da extinção dos dinossauros – se é que a Terra poderia emitir alguma onda sobre isso -, e o mesmo acontece conosco, como neste caso. Essa conexão é incrível, não? Olhar para o firmamento e ver o passado, observar luzes que talvez já nem existem mais ou receber brilhos que na verdade surgiram há bilhões de anos e ainda estão chegando à nós… Obrigado!
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Discordo do termo “som inexistente”. A fusão dos gases deve gerar alguma vibração que reverbera na massa ao seu redor. o fato de ser impossível deste som chegar até nós não indica que ele não existe……
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Repete com o titio: o som não se propaga no vácuo.
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@André,
Vou tentar ilustrar com outro exemplo: se um meteoro cair na lua, irá produzir som ( som como sendo vibrações mecânicas), mas estas vibrações não chegarão até aqui devido ao vácuo.
No processo de fusão estelar devem ser geradas vibrações violentas, mas que nos são impossíveis de medir, devido ao vácuo.
Assim, repito: o fato deste som não chegar até nós não quer dizer que ele inexiste
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Vc colou na prova de Física no colégio, né?
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Bem didático pra você: http://www.qrg.northwestern.edu/projects/vss/docs/space-environment/1-is-there-sound-in-space.html
Aceito as humildes desculpas.
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Recentemente eu assisti um filme no Youtube. Contact (1997), baseado na obra de Carl Sagan (eu não conhecia, pois eu não me interessava por isso na 7ª série :| que é qdo foi lançado)
Numa determinada parte do filme a protagonista em sua viagem observa (pelo que entendi) uma estrela (ou um sistema planetário talvez) e a reação dela foi bem interessante.
“Não deviam ter mandado um cientista e sim um poeta. Isso é poesia. É lindo. Lindo.” – São as palavras delas ao descrever o que via, lógico que motivada pelo facinio de tamanha beleza.
Eu sempre conheci os “Pilares da Criação” como “Berçario de Estrelas”, e por isso eu lhe pergunto: Existem mais berçarios como este, no sentido de chamar a atenção dos mais leigos, seja pela forma, tamanho ou cores?
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Ela foi pra Vega. Veja o filme todo e não partes do YouTube. Aliás, leia o livro.
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@André, Vlw, assisti ele por inteiro e a mensagem que ele passa realmente funciona. Sobre como “nós” humanos reagiriamos a este “Contacto”.
Andei pesquisando e parece ter algumas diferenças entre o filme o livro.
Enfim, vlw pela dica…
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André,a sua sugestão de comprar um telefone baratinho e um telescópio para nossos filhos foi completamente aprovada.Quanto antes pudermos aguçar a curiosidade científica das crianças,melhor.Penso que o céu noturno gera nas crianças muita curiosidade e isso deve ser aproveitado.Se ao invés das crianças ficarem passando torpedos pelo celular e passando horas nos facebooks da vida,conhecessem mais os mistérios do céu noturno,a educação do nosso país não estaria como está.
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Pena que o centro das grandes cidades é inviável. Sorte nossa que temos os planetários. 16 merréis a entrada do planetário daqui do Rio.
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Nossa, linda esta segunda imagem!
Sorte que moro no interior e ter parentes morando em áreas rurais me faz pensar em comprar um telescópio.
Aliás, belo texto!Tentei evitar comentar neste mês, porém você anda inspirado, Pryderi!
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Belo texto!
E essas imagens são encantadoras.
Não sei como que tem gente que procura motivo para discutir depois de ler esse belo texto e admirar essas imagens.
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Me senti infinitamente burra em ler que os pilares não existem mais. Se nao for estar lendo e estudando “uma breve historia sobre o tempo”, eu teria pirado tentando achar logica. E agora penso que Na verdade, pouco do que há no universo e podemos ver, existe neste tempo.
Mesmo assim obrigada pelas imagens que parecem sonho ;)
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Mari, guando olhamos para o universo, estamos sempre olhando o passado, por exemplo na constelação do cruzeiro do sul tem um aglomerado fantástico, NGC 4755 ou caixa de joias, sua distância é de aproximadamente 6400 anos-luz, visível com um binóculo 10×50, e bem colorido com um telescópio de 200mm, por isso o nome popular de caixa de jóias, guando aponto :grin: :mrgreen: meu telesco para ele, estou vendo a luz que partiu de lá a 6000 anos, dá um nó na cabeça, mas é fantástico. em tempo quem for presentear o filho com um telescópio, melhor pesquisar bem, para não comprar essas lunetinhas de lojas de departamento, instrumentos óticos tem que ter qualidade ou vira cabide de roupas
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