Descoberto em Israel um porto do período Helenístico

Israel é um país que nos remete a muitas imagens mentais assim que é mencionado o seu nome, como nada, deserto, nada, mais nada ainda, deserto, deserto, palestinos querendo mandar tudo pelos ares, o Domo da Rocha ali só faltando ter um relevo trollface, que faz os judeus subirem nas tamancas todos os dias entre outras coisas. Ah, sim, e ainda tem aqueles mitos sobre uns caras que resolveram ficar pregando que nem pastor maltrapilho do Largo da Carioca ou da Praça da Sé.

Por outro lado, Israel tem as suas maravilhosas construções, como o Herodium, o imenso complexo planejado por Herodes, o Grande. Agora, foi descoberto um antigo porto que data do período Helenístico, isto é, entre o 2º e 3º séculos A.E.C., no Acre. Não o estado brasileiro, mas a cidade no extremo norte da Baía de Haifa.

O Acre israelense, também conhecida como Akko, é uma cidade histórica, mencionada brevemente no livro dos Juízes (com o nome de Aco) e nos Atos dos Apóstolos (com o nome de Ptolemais). A Cidade Antiga de Acre é um porto histórico rodeado por muralhas na Galileia e é povoada desde o período fenício. Na época dos cruzados esta cidade foi uma antiga fortaleza e fez parte do reino de Jerusalém, tendo sido denominada São João de Acre ou São João de Akko. O local tem até website próprio.

Sempre achou-se que Acre tinha um porto militar, mas havia poucas evidências. Agora, novas evidências ajudam a compreender melhor a região, pois um porto antigo foi encontrado.

De acordo com o dr. Kobi Sharvit, diretor da Unidade de Arqueologia Marinha da Autoridade de Antiguidades de Israel, o porto é considerado o maior e mais importante do país no período helenístico. Entre o que se achou lá, grandes pedras de amarração indicam que foram utilizadas para proteger os navios à vela. A configuração de todo o porto tem sólidas evidências que se tratava provavelmente de um porto para fins militares.

Em algumas pedras do porto, arqueólogos encontraram um furo para a inserção de um poste de madeira, provavelmente para amarração dos barcos. As construções possuem uma seção impressionante de pavimento de pedra de cerca de 8 metros de comprimento por cerca de 5 metros de largura. Portos civis não eram tão bem feitinhos assim, já que o mesmo era delineado em ambos os lados por duas paredes de pedra impressionantes construídos na forma fenícia e o piso ligeiramente inclinado em direção ao sul.

Obviamente, certeza absoluta é algo difícil de se ter em termos de pesquisas arqueológicas. Os cacos vão se juntando (seja metaforicamente ou em sentido real), de forma a recontar a história de tudo o que aconteceu há mais de 2200 anos. O que cientistas podem fazer é juntar evidências, como os milhares de fragmentos de cerâmica (como o vaso da imagem ao lado), entre os quais dezenas de navios intactos e objetos metálicos.

Estes achados são importantes pois, até estas escavações serem realizadas, a localização deste importante porto não era clara. Agora, pela primeira vez, partes do porto estão sendo descobertas que são adjacentes à costa antiga e a cidade helenística. Infelizmente, as partes do cais continuam sob a parede da cidade otomana, que provavelmente não poderá serem escavadas no futuro. Mas isso não é tudo. Outras seções do porto estendem-se na direção do mar e do porto moderno, o que pode render boas informações sobre a história do lugar e trazer esclarecimentos se existe uma ligação entre a destruição no porto e da destruição causada por Ptolomeu em 312 A.E.C., a destruição que foi causada pela revolta dos Hasmoneus em 167 A.E.C. ou por algum outro evento.


Fonte: Autoridade de Antiguidades de Israel

Um comentário em “Descoberto em Israel um porto do período Helenístico

  1. É melhor descobrir o máximo de evidências sobre este porto rápido, pois por aquelas bandas negligenciadas por Odin algumas pessoas têm o costume de levar C4 para passear. :twisted:

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