Com o que se parece um vírus? Como ele se locomove? O mais enigmático dos seres vivos é tão enigmático que está em uma tênue linha que separa uma substância química de um ser vivo. Pesquisadores da Universidade de Melbourne, Austrália, criaram uma simulação em 3 dimensões de um rinovírus, onde algumas espécies não afetam rinocerontes, mas seres humanos.

Se você saiu correndo pra sua wikipédia mais próxima, ficou sabendo que um rinovírus é um grupo de vírus da família dos picornavirus, com genoma de RNA de sentido positivo simples (usado diretamente na síntese das proteínas), que não possuem envelope bilípidico, têm capsídeo icosaédrico e são altamente resistentes.

Esta tristeza é responsável por fazer você sentir dores de cabeça e no corpo, seu corpo pedir cama (não nesse sentido) e fazer seu nariz pingar que nem torneira velha, já que eles são responsáveis pelo resfriado nosso de cada inverno. Infecções por rinovírus estão ligadas a cerca de 70 por cento de todas as exacerbações da asma, com mais de 50 por cento dos pacientes que necessitem de hospitalização. Além disso, mais de 35 por cento dos pacientes com doença obstrutiva aguda crônica são hospitalizadas por ano devido a vírus respiratórios, incluindo rinovírus.

Para se desenvolver remédios antivirais, é necessário entender como é a estrutura do vírus fidamãe. Dessa forma, os cientistas usaram o computador mais rápido da Austrália, a IBM Blue Gene / Q, para a simulação 3D do safadeeenho. Uma equipe de pesquisadores liderada pelo dr Michael Parker (que nunca foi mordido por aracnídeos, ao que se sabe), do Instituto St. Vincent de Pesquisa Médica e da Universidade de Melbourne está usando agora informações sobre como a nova droga trabalha para criar uma simulação 3D do rinovírus completa usando o supercomputador mais rápido da Austrália.

A imagem renderizada é esta que ilustra o artigo e um vídeo explicativo, feito pelo próprio dr. Parker, abaixo:

Gostaram? Ótimo! AQUI vocês podem ver uma série de fotos do computador e do vírus feliz.

Qualquer um pode pegar um 3D Studio versão Jack Sparrow para brincar em casa, criando formas esquisitas. Pode-se criar qualquer coisa e dizer que é um vírus. Mas muitos milhões de dólares investidos em poder computacional não é apenas para ter uma imagenzinha bonitinha para a gente colocar nos blogs. É um modo de entender como é a estrutura química do vírus, de forma a se obter medicamentos bem mais eficazes, onde ao se procurar por entidades-chave em comum com outros vírus, pode-se obter antivirais com maior espectro de atuação.

Fonte: Mãe da Criança