Carinho materno controla ansiedade dos filhotes, mas já se sabia disso

Harry Harlow é chamado pelo pessoalzinho da religião da Nossa Senhora da Alface e os seguidores do Brócolis Sagrado de maníaco, torturador e sádico[1] [2] [3]. Um dos melhores argumentos desse pessoal é dizer que Harlow teria afirmado que não gostava de ratos, macacos e animais em geral. Eu quero saber se aparecesse uma ratazana na casa desse pessoal, se eles chamam para jantar. De qualquer forma, Harlow estava décadas à frente e determinou a importância do cuidado materno no desenvolvimento cognitivo e emocional de suas crias. Hoje, uma pesquisa esmiuça a bioquímica cerebral deste processo.

A drª Carola Eva trabalha no Departamento de Anatomia, farmacologia e Medicina Forense do Istituto Nazionale di Neuroscienze, e professora de farmacologia na Università degli Studi di Torinona (vulgarmente chamada de Universidade de Turim), na Itália.

Ao estudar em níveis bioquímicos o porque que o carinho materno traz conforto e controle de ansiedade nos filhotes, a pesquisadora Carola, que não sei se é carola, esbarrou com o neuropeptídeo Y. Como vocês entendem bem de Bioquímica, eu não preciso dizer que um neuropeptídeo é apenas uma substância composta entre uma substância chamada "aminoácido", que possui um radical amina e uma carboxila, podendo unir-se nas chamadas "ligações peptídicas". Isso é básico de qualquer curso se Química Orgânica, o qual foi visto em um Ensino Médio decente, se Ensino Médio decente o Brasil tivesse. São neuropeptídeos, entre outras coisas, os responsáveis pelo descontrole do sistema imunológico, quando este último "pensa" que algo tem força maléfica muito maior do que realmente tem, desencadeando uma resposta agressiva em demasia e que chamamos de "reação alérgica". (mais informações AQUI.)

O contato com a mãe desencadeia no filhote o aumento da concentração de um neuropeptídeo em especial: O neuropeptídeo Y (NPY). Eu preciso de mais informações, e se eu preciso, vocês também precisam. Pronto: Wikipédia ao seu dispor.

De fato, o neuropeptídeo Y é um dos (não "O") neuropeptídeos responsáveis pela sensação de fome. Só que o que a pesquisa evidenciou é que o NPY é responsável pela sensação de conforto também, já que ele é ajuda na redução da taxa de ansiedade, bem como o apetite e o balanço energético dos mamíferos. Ao remover o gene que codifica o receptor, o processo fisiológico observado em ratos não mudou muito, mas ao examinar o sistema límbico deles (o sistema que é responsável pelas respostas emocionais), observou-se que os ratos geneticamente modificados possuíam maior tendência à ansiedade, independente de quanto NPY eles tivessem correndo dentro de si. A explicação é que não basta ter um neurotransmissor se não tem ninguém que receba as informações. É meio como o carteiro chegar na sua casa com sua encomenda e você não estiver lá para recebê-la. Por outro lado, cada neurotransmissor possui um receptor próprio. Assim, se eu faço uma compra e o courrier (uma forma chique de chamar "boy") vem entregar a encomenda especificamente para mim, a entrega não é feita para qualquer um, pois o courrier/boy precisará da minha assinatura em específico.

Harlow descobriu o que ocorre e como ocorre o comportamento ansioso de filhotes quando desprovidos da presença materna. Bastando ter ume figura que simule ou imite esta presença, o filhote desenvolve conforto e segurança. A pesquisa da drª Eva, publicada na PNAS, explica o porque disso ocorrer em nível bioquímico. Isso refletirá em medicamentos ansiolíticos mais eficazes, ajudarão no tratamento de depressão entre outras coisas.

Agora é esperar os malucos chegarem dizendo que a pesquisadora é sádica porque criou cobaias com tendência ao sofrimento ou alguma baboseira neste sentido.

6 comentários em “Carinho materno controla ansiedade dos filhotes, mas já se sabia disso

    1. Do alto da minha seriedade e espírito científico eu só tenho uma coisa a dizer:

      HAHAHUSAHUASHSAHSAHASHAHSHAHUSHHHSAYHSAHAA
      SHSUHAUHASHSUHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
      HAHAHUASHUSAHUSAHUSHAHAHUAHAHAHAAAAAAA

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    1. Oi, crentinho vegan. Tudo bem? Olha como a deficiência nutricional faz mal: eles não sabem escrever o comentário no artigo certo. Vou ajudar observando o que a notícia traz:

      Apesar de o ser humano ingerir carne vermelha há milhares de anos, o que os cientistas acreditam que ocorra nos tempos atuais é que o consumo do alimento, juntamente com altos índices de gorduras e carboidratos, esteja elevando os riscos de doenças como o câncer de intestino.

      Mas se o problema é carne vermelha, meu caro venerador do Brócolis Sagrado, podemos ler o parágrafo anterior:

      A ingestão de peixe também é capaz de proteger as pessoas do problema, mesmo que elas comam carne vermelha.

      Deliciosos peixinhos. Atum é o bacon dos mares Nham, nham! Vai lá sentar no talo, vai, veganzinho retardadinho.

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