Do Olimpo do Ceticismo.net, eu – o Senhor teu Deus – está atento a toda iniquidade e loucura do mundo religioso. Tudo vejo, tudo sei. E me veio aos meus sagrados olhos mais um exemplo da loucura religiosa, onde uma jornalista foi condenada hoje, no tosco reino da Arábia Saudita, a 60 chibatadas. O motivo foi por ela ter feito uma entrevista para um programa de TV com um homem saudita, que admitiu ter mantido relações sexuais fora do casamento. Don Juan de Riad se estrepou mais, pois ele foi condenado a 5 anos de prisão e 1000 chibatadas.

Este é mais uma das loucuras religiosas, mas temos que entender que faz parte da cultura selvagem deles e temos que respeitar estas atrocidades insanas.

O programa, feito pela TV libanesa por satélite LBC, provocou um grande escândalo na conservadora Arábia Saudita quando foi ao ar há vários meses. A jornalista é uma das duas mulheres empregadas da LBC que foram presas após o escândalo, afinal a corda só arrebenta no lado mais fraco.

A polêmica se deu com um programa (estou me referindo a programa de TV e não michês) com Mazen Abdul Jawad, o homem saudita que concedeu a entrevista contando como conseguia dar uma de garanhão, levando mulheres sauditas o bico, partindo logo pro rala-e-rola. Ele tentou um pedido formal de desculpas, mas os camelinhos de Alá não são de perdoar nada. Assim, meteram (ops) o cara no xilindró, onde ele verá Alá o Sol nascer quadrado, e mais levar 1000 chibatadas, por meter-se (ops 2) onde não foi chamado. Quanto a mim, estou pensando aqui que o juiz andou desconfiando de sua santa senhora, e pensou que Don Juan de Riad passou a coroa na cara também.

Muito curiosamente, a referida entrevista era parte de uma série da LBC que examinava tabus no mundo árabe, e não há nada mais tabulesco (sim, eu sei que essa palavra não existe) do que sexo naqueles países baixos e vocês podem ver que não estou conseguindo parar com os trocadames infilhos.

Se vocês pensaram que a Ópera-Bufa – semelhante aos programas da Márcia Goldsmit ou Silvia Popovic – não podia ser mais tosco, enganaram-se. Três amigos do garanhão também apareceram no programa, mas não sei se houve exame de DNA ou as porradarias Ratinianas. De qualquer forma, os 3 amigos também foram em cana, condenados a dois anos de prisão cada um; provavelmente por causa do adágio “Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és”.

Abdul Jawad acusou a LBC de enganá-lo, e a emissora teve seus escritórios na Arábia Saudita fechados; obviamente, não comentando sobre o caso, para que a merda não feda mais ainda.

A LBC – que por sinal é co-propriedade do príncipe saudita Alwaleed bin Talal – tem sido há muito tempo atacado por líderes religiosos sauditas por ser um dos principais canais árabes por satélite a transmitir programas para o país com cantoras e atrizes árabes gostosonas, vestidas de maneira deliciosamente sensual. Aquele bando de velho babão, como não podem mais dar no couro, só restando dar pros camelos, ficam tiriricas da vida quando vêem o que perderam na juventude. Assim, não querem que outros tenham o que suas licenciosidades jamais puderam colocar as mãos (entre outras coisas).

Fico encantado com o amor e decência defendida por líderes de uma religião que prega morte e assassinato em nome da fé, só porque isso é feio e Alá não gosta.

Fonte: BBC Brasil