Uma equipe de cientistas descobriu um fóssil de um roedor, cuja espécie está extinta. Os restos fósseis de um dente encontrados em Alborache, Valência, pertencem ao Eomyops noeliae, pertencente à família Eomyidae, e representa o mais antigo registro deste gênero no mundo. Obviamente, toscos ignorarão análises de DNA, bem como sua estrutura morfológica, dizendo que trata-se apenas de um dente. Ou que, de repente, pertencia à alguém da família de Noé.
O pequeno número de fósseis encontrados impediu inicialmente que os cientistas da Universidade de Valência fossem capazes de obter uma imagem completa deste “novo” roedor. Como a Ciência não fica de suposições baratas, análises morfológicas (tamanho e formato) determinou que os referidos dentes são biometricamente diferentes de outros roedores do gênero Eomyops. Se você pensa que roedores são todos iguais, experimente pegar uma anta capivara com uma ratoeira, já que capivaras também são roedores. (sim, eu tinha escrito “anta”, previamente. Como não sou roedor e a capivara sim, a anta sou eu).
Assim, já que o registro mostra divergências com as espécies até então encontradas, o mais lógico a se concluir é que realmente trata-se de uma nova espécie dentro da referida família, apresentando valiosas informações evolutivas e bioestratigráficas, o qual – segundo análise – era de tamanho médio no interior do grupo.
“Até agora, o gênero Eomyops era constituído por um grupo de espécies pequenas, onde apenas uma delas poderia ser considerada grande, mas nenhum tipo com dimensões intermediárias, tais como Eomyops noeliae, tinha sido encontrado”, disse o Dr. Francisco Javier Ruiz-Sánchez, o autor principal do estudo publicado no revista francesa Comptes Rendus Palevol. O resumo vocês podem ler no site da Science Direct.
Os paleontólogos confirmaram também a idade do achado. “Os fósseis encontrados no depósito Morteral 20A, em Valência (Espanha) mostram que esta é a mais antiga espécie dentro do gênero conhecido no mundo, com absoluta certeza”, destaca Ruiz-Sánchez. De acordo com estes dados, o Eomyops noeliae teria vivido durante o Baixo e Médio Mioceno (cerca de 16 milhões de anos atrás)”, sublinha o pesquisador.
A variada fauna de micro-mamíferos e das novas espécies encontradas no depósito valenciano nos trazem informações sobre as condições ambientais em que esses animais teriam vivido na época. “Os táxons de roedores encontrados mostram evidências de que o ambiente estava muito úmido”, diz Ruiz-Sánchez, apesar de o estudo completo sobre todos os fósseis do roedor, iniciada com esta nova espécie, ainda não foi concluído. No então, até o presente momento, os pesquisadores podem dizer que o ambiente em questão era densamente arborizado, com um clima bem úmido, apesar de outros fatores, como a temperatura, ainda não terem sido definidos.
Os dados biogeográficos também mostram que o Eomyops noeliae viveu ao longo de todo o leste da Península Ibérica durante a Baixo e Médio Mioceno. Isto foi confirmado a partir das outras espécies de Eomyops descobertas a partir do depósito Morteral 22, que está muito perto de Morteral 20A.

Acho que antas não são roedores, não seriam capivaras mais adequadas a comparação.
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Obrigado. A verdadeira anta sou eu. Corrigido.
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