Os tornados magnéticos de Júpiter

Júpiter, além de ser um planeta grandão que te deixa sem chão, sempre tem uma surpresa ou outra por ser enorme e… coisas muito estranhas acontecem lá, e eu não estou falando (dessa vez) daquela imensa tempestade muitas vezes maior que a Terra. Agora ele tem também tempestades magnéticas!

Troy Tsubota é pesquisador da Universidade da Califórnia, Berkeley. Durante sua graduação, Tsubota conduziu este estudo sobre Júpiter, sob a orientação do dr. Michael Wong, que, claro, levou parte dos créditos porque… né? Mas o que são esses tornados magnéticos?

Os tornados magnéticos são vórtices gerados na ionosfera de Júpiter, que concentram a névoa de hidrocarbonetos nos polos de Júpiter, agitando a névoa de hidrocarbonetos lá. A maioria das imagens foi capturada como parte do projeto Outer Planet Atmospheres Legacy (OPAL), obtidas durante as observações anuais de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno para entender sua dinâmica atmosférica e evolução ao longo do tempo.

O vórtice gira mais rápido na ionosfera, enfraquecendo progressivamente à medida que atinge cada camada mais profunda. Como um tornado pousando em solo empoeirado, a extensão mais profunda do vórtice agita a atmosfera nebulosa para criar os pontos densos que Wong e Tsubota observaram.

Não está claro se a mistura remove mais neblina de baixo ou gera neblina adicional; o que se sabe é que esses vórtices aparecem como manchas escuras nas imagens ultravioleta, absorvendo mais UV do que as áreas ao redor, sendo mais comuns no polo sul, aparecendo em 75% das imagens do Hubble desde 2015, enquanto no polo norte são muito mais raras.

A pesquisa foi publicada no periódico Nature Astronomy

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