Há um problema sério no quesito “responsabilidades”. Os adultos parecem que esqueceram o que é isso. Como eu já falei, estão adultizando crianças e infantilizando adultos, já que quando estes últimos fazem merda, parece que a culpa é do universo inteiro, e não do idiota que fez a merda. A bola da vez é um monte de gente esperta, muito esperta, mas inteligente mesmo, que acha que pode ficar rico com joguinho de celular e daí vem ela, a malfadada Realidade.

Uma reportagem do Fantástico (sim, é do FANTASTICOOOOOOOO) traz o caso em que a polícia investiga influenceiros envolvidos com jogo no Paraná e no Maranhão. Esse jogo promete muito dinheiro e influenceiros posam como se estivessem ganhando rios de dinheiro com o jogo, comprando iates, mansões e automóveis, com as mulheres vindo de brinde e isso é mais que cem mil, cem mil dólares.

Claro que uma pessoa normal iria olhar pra isso e reconhecer uma cilada, Bino, mas pessoas inteligentes não seguem influenceiros. A reportagem traz até o caso de uma dona que num mês perdeu todo o salário em 15 minutos de jogo. Uma pessoa não muito esperta iria perceber que deu ruim e se afastar disso, mas seguidor de influenceiro ainda não está nesse patamar e a guria perdeu todo o salário no mês, e… bem, de novo, ela perdeu o salário no terceiro mês, o que faz muito sentido ela ir parar no Fantástico. Ao todo, foram uns 17 mil reais indo pra vala. Aí, quem culpam? A influenceira.

Para princípio de conversa, acho que deveria ficar claro uma coisa: a função do influenceiro é influenciar, e não é para uma coisa boa. O único influenceiro do bem que eu conheço foi São Francisco de Assis, que convenceu um monte de filho de ricaço a se juntar a ele, abrindo mão de bens materiais, andarem de tonsura e vestidos que nem mendigo. Influenceiro hoje tem lindas receitas maravilhosas para VOCÊ ganhar dinheiro, mas normalmente é pra você comprar curso dele em que ele diz como ganhar dinheiro. Ele realmente ganha com esses joguinhos, mas ao você se inscrever, além da graninha para fazer o publi.

Eu acho que as pessoas acreditam em tudo tipo de comercial, que basta comprar uma margarina você terá uma família que nem no comercial da Doriana. Mas no mundo de infantilização de adultos, passa-se a mão na cabeça “ain, tadim. Foi o influenceiro malvado”

Amiguinho, você QUIS instalar o app. E o fez porque acreditou que do céu cai mais que chuva e cocô de passarinho. Caiu na conversa de enriquecer facilmente e tomou na cabeça. Propaganda é apenas para vender o produto, e no caso de apps, o produto, bebês, são vocês. E depois reclamam de publicidade infantil. Se continuar assim, é melhor acabar com todo tipo de publicidade, porque quem mais acredita são adultos infantilizados.

Porque é capaz de nem criança acreditar nessas promessas.