Plano do governo defende adoção e direitos civis para casais homossexuais

Essa é pra dar uma dor de estômago nos toscos homofóbicos e enxeridos que tomam conta do que se passa entre 4 paredes da propriedade dos outros: O governo federal lançou nesta quinta-feira (14/05), em Brasília, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O plano é composto por 51 diretrizes, que devem ser transformadas em políticas de Estado. Entre elas estão a legalização do direito de adoção dos casais que vivem em parceria homoafetiva e o reconhecimento dos direitos civis de casais homossexuais.

“Eu e o meu companheiro temos 37 direitos que não são respeitados. Queremos direitos iguais”, disse Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). “Queremos a união estável. Não defendemos matrimônio – embora até fosse interessante a gente de smoking, casando, jogando buquê, jogando arroz, fazendo toda aquela festa – mas o que queremos é que nossos direitos sejam respeitados”.

Para o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), essas mudanças levam tempo, mas o plano ajudaria a antecipar as decisões. “Antes, se falaria em torno de ideias, propostas. Agora é um plano governamental, e cada ministério tem que se adaptar”, disse. “Há um crescente reconhecimento na sociedade, há muitos anos existem casais gays. Existe a convivência. Esse é um passo que o Brasil deu na sua construção democrática.”

Ele acredita que não é preciso esperar a aprovação de leis para que medidas que garantam direitos sejam colocadas em prática. O exemplo pode vir de empresas públicas e privadas. “Não precisa apostar tudo na aprovação da lei. Antes de aprovar, se a Caixa Econômica (Federal) começa a fazer, se a Petrobras começa a fazer, o Banco do Brasil começa a fazer, as montadoras começam a fazer para os seus funcionários, a mudança na sociedade já vai antecipando a lei e a lei depois só complementa o processo”.

No Congresso Nacional, um projeto de lei sobre a união estável entre pessoas do mesmo sexo foi apresentado em março deste ano. O deputado José Genoíno (PT-SP), um dos autores da proposta, diz que ela é uma versão atualizada de um antigo projeto da então deputada Marta Suplicy. “Eu não estou propondo casamento nem constituição de família, mas o acesso aos direitos civis. O Judiciário já está reconhecendo este direito em várias decisões”.

De fato, o STF (Supremo Tribunal Federal) analisa uma ação proposta pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pedindo o reconhecimento legal da união estável de casais homossexuais. “O ambiente é muito favorável à causa”, afirmou Eduardo Santarelo, coordenador do Programa Brasil Sem Homofobia da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Nem mesmo o Brasil pode ser errado o tempo todo (apesar dos políticos darem muitas mostras do contrário). Essa iniciativa mostra que o Brasil, pelo menos, está na frente (ops) de 80 países do mundo, que ainda consideram homossexualidade algo como sendo crime. Ela ainda é considerada ilegal pela legislação vigente desses 80 países, sendo que em sete deles pode ser punida com a morte! O Brasil aparece no relatório como país onde a homossexualidade é legal desde 1831, o que faz dele o primeiro na América do Sul a não condenar legalmente atos homossexuais, seguido por Paraguai (1880) e Argentina (1887). O Brasil também aparece entre os 10 países no mundo com proibição constitucional da discriminação com base na orientação sexual, mas o que vemos? Vemos um bando de crentes alucinados como o tal de Silas Maracutaia, digo, Malafaia que tem verdadeiros pitis (ui, santa!) e bate o pézinho e dá soquinho na mão dizendo “não pode! não pode! e não fo… digo, não pode!”.

Só que assim como o Brasil não pode ser tosco todo o tempo, as frentes idiotas que defendem a discriminação em vários níveis, principalmente por religiosos ignorantes, fazem de tudo para impedir ações como essa. Alegam que a Constituição garante a liberdade de crença e que, por isso, eles podem esfregar o livrinho mágico deles na cara de todo mundo.

Tenho um recadinho pra vocês, bibas enrustidas: A Constituição também me dá o direito de expor a minha opinião, e ela sustenta que vocês valem menos que o que meu cachorro deixa na calçada. A diferença é que eu recolho o “produto” dele para por em lugar apropriado. Façam o mesmo: atirem-se num vaso e puxem a descarga.

5 comentários em “Plano do governo defende adoção e direitos civis para casais homossexuais

  1. Eu respeito os gays, lésbicas e bissexuais (na vdd eles são gays que não saíram totalmente do armário). Mas o resto, me desculpem, não dá…

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  2. Na minha opinião acho que dá para você respeitar sim.

    Sou gay, saí do armário, faço parte desse resto que você disse que não
    dá para você respeitar, sou cidadão E SOU IGUAL A VOCÊ.

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