Idade acaba com a gente e faz nos confundir com gente falando

Vamos ser honestos: não éramos para, naturalmente, vivermos tanto assim. Graças à Ciência, conseguimos uma bela longevidade, mesmo entre camadas mais pobres. O problema é que morrendo cedo não percebíamos o declínio da qualidade de vida e saúde., viver mais tempo é correr mais riscos de demência e Alzheimer, por exemplo.

Com o tempo, nosso cérebro já não é mais o mesmo. Nossa capacidade de acompanhar e entender a fala em ambientes ruidosos vai se deteriorando, com o mesencéfalo dando tilt e…

Mas que diabos é um mesencéfalo?

O mesencéfalo é uma estrutura do sistema nervoso central, mais especificamente do tronco cerebral. Tem uma direção oblíqua para cima e para a frente e localiza-se superiormente à protuberância e inferiormente ao diencéfalo. Assim, o seu limite inferior é o sulco ponto-peduncular (entre a ponte e os pedúnculos cerebrais do mesencéfalo) e o seu limite superior é uma linha imaginária que passa pelos corpos mamilares (do diencéfalo) e pela comissura branca posterior.

Você copiou isso dos espertões da Wikipédia, né?

Não… sim… quer dizer… Ok, copiei.

O mesencéfalo também é chamado de “pedúnculo cerebral”, sendo a parte central do cérebro e é responsável pelo recebimento e transmissão de informações. Problemas nesse lugar faz com que você não entenda as informações (qualquer tipo) e nem consiga se expreimir direito. Dessa forma, você vê as coisas, mas tem dificuldade de entender o que é. Ouve sons, mas demora a processar isso, sem recopnhecer vzes, por exemplo.

Alessandro Presacco é doutorando no Departamento de Audição e Fala da Universidade de Maryland. Seu trabalho analisa défcits de compreensão da fala e sua relação com o mesencéfalo ao longo do tempo, em que a idade vem chegando e a gente já não é como antigamente.

Sua pesquisa apontou pistas sobre as causas da perda auditiva relacionada à idade, em que a capacidade de acompanhar e entender a fala em ambientes calmos e barulhentos se deterioram praticamente de maneira igual quando as informações passam pelo mesencéfalo esão processadas no córtex.

Para estudar esses efeitos, foram selecionados 32 voluntários que falam inglês nativo com audição clinicamente normal e divididos em dois grupos: adultos jovens (com idade média de 22 anos) e idosos (com idade média de 65 anos). Pressaco e seus colaboradores mediram a compreensão da fala dos voluntários por meio do teste rápido Speech-in-Noise (QuickSIN), o qual você pode ter em casa por apenas 160 doletas.

Os pesquisadores ainda fizeram um eletroencefalograma e um magnetocefalograma para medir a atividade cortical. Para ambos os grupos, os pesquisadores calcularam a capacidade dos ouvintes para compreender a fala em ambientes tranquilos e em ambientes com mais de uma pessoa falando. O ruído de fundo foi gerad separadamente.

O grupo mais velho, claro, teve mais problemas para identificar o discurso do que o grupo mais jovem, tanto em ambientes silenciosos quanto nos ruidosos. Os adultos mais velhos levou mais tempo para processar várias pistas acústicas, tais como a precisão de expressão, e também sea ferraram no teste QuickSIN para a compreensão de fala no ruído.

Conclusão? Ficar velho é uma bosta, mas duvido que tenham escrito isso no paper.

Os pesquisadores, claro, não são retardados. Os resultados que estavam esperndo obter não eram esses, mas em que ponto do cérebro a zica começou a ocorrer. O problema, então, foi localizado no mesencéfalo, o que também era esperado, mas não se sabia direito em que ponto estava ocorrendo os problemas.

Os resultados sugerem que os problemas relacionados com a idade para com compreensão da fala não é apenas devido ao processamento errado na audição, mas sim em como o cérebro processa a informação. Sabe quando às vezes você vê uma figura e seu cérebro dá um delay doido e você fica igual a um manezão olhando pra imagem sem saber direito do que se trata? É no mesencélafo que está ocorrendo o bug, o programeco cerebral entrou em looping e uma imagem mental LOADING não para de carregar.

A ideia com esses testes é entender toda a neuroquímica envolvida. Dessa forma, pode-se desenvolver medicamentos que atuem só nessa área, melhorando a condição dos pacientes.

A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Neurophysiology.

2 comentários em “Idade acaba com a gente e faz nos confundir com gente falando

  1. Mas a maneira como a pessoa chega à velhice influencia o estudo. Digo isso porque as pessoas que se mantém ativas (fisicamente e mentalmente), mesmo após idade avançada, sofrem bem menos com os efeitos da velhice. Então, deveriam ter feito também um estudo comparativo entre adultos jovens e idosos ativos. Talvez este resultado mostrasse que o melhor medicamento para amenizar mais um dos efeitos da idade ainda continua sendo a atividade mental (leitura, estudo, trabalho, etc)

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