Mais uma proposta de usar Bíblia nas escolas

Tava demorando a reaparecer estas bobagens de usar Bíblia como ferramenta pedagógica. Não entendo esta tara de fazer isso. Claro, não é para doutrinação religiosa. Não, senhor! De onde tiraram isso? Agora, essa palhaçada volta à baila depois que a Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou na última terça-feira (8/4), em segundo turno, um projeto de lei que coloca a leitura da Bíblia como um recurso paradidático nas escolas públicas e particulares da capital.

Mas não é violação da laicidade do Estado, não, gente.

Autora do projeto, a vereadora Flávia Borja, que o Itatiaia disse ser do DC. Eu até fiquei pensando se a DC Comics tinha algo a ver, mas o nome do partido é Democracia Cristã. Será que isso tem algo a ver com o PL dela? Nhé, acho que não..

A crentonilda disse que as consultas à Bíblia não serão obrigatórias, mas que o recurso pode ser utilizado como uma “fonte de riqueza” a professores e alunos. Segundo ela, “(…) não é um recurso didático, mas a diferença toda é essa, é um recurso paradidático. E essa faz toda a diferença, porque não é algo obrigatório. A gente está falando de algo que pode ser consultado, como fonte de riqueza, de informação, de conhecimento. E esse é o objetivo do projeto, simplesmente levar a bíblia como algo que possa enriquecer o conteúdo já programático da escola”.

O vereador Pedro Patrus (PT) criticou a proposta em plenário e afirmou que não deve haver mistura de religião com as políticas públicas em escolas municipais, já que o projeto seria uma tentativa de voltar ao tempo que o Estado misturado com a religião.

A bancada de esquerda na Casa ainda tentou incluir uma emenda que garantisse que, mesmo com a leitura da Bíblia, as aulas não tivessem viés religioso, mas o pedido foi rejeitado. Então vemos que não, senhor!, não tem nada a ver com religião. É para aprendizado. Opa, não pode ser de forma para aprendizado, deixando de lado o aspecto religioso do lado? Hummmm.

Bem, vamos analisar, se não é obrigatório, então, o professor pode simplesmente ignorar? Ah, mas sabemos que não vai ser assim. Entretanto, eu até concordo. De acordo com o texto, “As histórias bíblicas utilizadas deverão auxiliar os projetos escolares de ensino correlatos nas áreas de história, literatura, ensino religioso, artes e filosofia, bem como outras atividades pedagógicas complementares pertinentes”.

Seria algo: “então, gente. Aqui a Bíblia diz que morcegos são aves. Bem, sabemos que não é assim. Ela diz também que coelhos ruminam, mas coelhos não são ruminantes. Tem a parte de insetos com 4 patas e baleias que engolem pessoas. Também fala de Israel como sendo um grande reino, o que a moderna Arqueologia provou ser mentira. Ah, e hebreus não so não foram escravos no Egito como ainda foram expulsos de lá.”

Eu iria adorar usar a Bíblia como recurso de ensino. Algo como…

Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho. Suave é o aroma dos teus unguentos; como o unguento derramado é o teu nome; por isso as virgens te amam. Leva-me tu; correremos após ti.

O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam. Eu sou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.

Não olheis para o eu ser morena, porque o sol resplandeceu sobre mim; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, puseram-me por guarda das vinhas; a minha vinha, porém, não guardei. Dize-me, ó tu, a quem ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes descansar ao meio-dia; pois por que razão seria eu como a que anda errante junto aos rebanhos de teus companheiros?

Se tu não o sabes, ó mais formosa entre as mulheres, sai-te pelas pisadas do rebanho, e apascenta as tuas cabras junto às moradas dos pastores. Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó meu amor.

Poético. Acho que não há nada demais. Ou então, que se fale de Ezequiel 23:20.

Palavra de Deus, né?

3 comentários em “Mais uma proposta de usar Bíblia nas escolas

Deixe um comentário, mas lembre-se que ele precisa ser aprovado para aparecer.