Jogos têm sido jogados por milhares de anos em culturas em todo o mundo. Jogar e se distrair é tão velho quanto os próprios seres humanos. O mais velho jogo de tabuleiro que se tem notícia é o O Jogo Real de Ur, com mais de 4.600 anos de idadade, sendo jogado na Mesopotâmia. O jogo de tabuleiro de xadrez Senet, jogado no Egito por volta de 3100 A.E.C., o jogo Mancala é jogado desde 1400 A.E.C. em reinos africanos, o xadrez tem origem na Índia há mais de 1.500 anos e o jogo estratégico Go começou na China há 2.500 anos.
Toda civilização tem seus jogos e formas de diversão e distração. A civilização maia não seria diferente!
Os Maias (a civilização que floresceu na América Central entre 2000 A.E.C. e 1500 E.C., e não a obra de Eça de Queiroz) tinham vários jogos populares. Como não tinham shoppings, videopôquer e nem celulares, eles tinham que se distrair até chegar o momento do próximo sacrifício humano. Assim, apelavam para diferentes tipos de jogos, e acreditava-se que esses jogos tinham o poder sobrenatural de prever a guerra. Eles incluem um jogo de tabuleiro em forma de cruz chamado Patolli e um jogo de bola chamado Pok-a-Tok.
Pois, muito bem, recentemente, uma placa de pedra foi encontrada por arqueólogos em Chichén Itzá, na cidade de Tinum, na península mexicana de Yucatán. Chichén Itzá a capital, juntamente com Tula Xicocotitlan, se tornando uma das mais importantes cidades do Império Maia, mundialmente conhecida pela pirâmide que se trata do Templo de Kukulcán, também chamado de El Castillo.
Esta pirâmide nada tem a ver com as do Egito, já que esta é um observatório astronômico, com 91 degraus de cada um dos seus quatro lados, totalizando 364 degraus, com uma plataforma superior formando 365 degraus… ou dias.
O jogo descoberto em Chichén Itzá simboliza o delicado equilíbrio entre luz e escuridão, incorporando uma luta cósmica. Como outros jogos maias, acreditava-se que influenciava o destino das colheitas, o clima, as comunidades e os indivíduos. O povo maia parecia tê-lo usado para jogar um jogo ritualístico com uma bola pesada.
Este jogo teve uma importância cultural e religiosa significativa para a civilização maia. Mais do que uma simples atividade recreativa, refletia as crenças e valores arraigados do povo maia.
Na cultura maia, vencer um jogo como esse era visto como um sinal de favor divino. Eles acreditavam que pessoas ou equipes vitoriosas haviam sido escolhidas pelos deuses. Aqueles que perdiam consistentemente às vezes eram oferecidos como sacrifícios às divindades. Os jogos maias não se destinavam apenas ao entretenimento, mas serviam como formas de se conectar com o divino.
Ao participar desses jogos, o povo maia experimentou um senso de identidade comunitária e pertencimento. Os rituais e crenças associados aos jogos favoreceram uma compreensão coletiva e reforçaram as conexões entre os âmbitos físico, espiritual e social.
Para os maias, os jogos forneciam uma plataforma para a expressão de habilidades físicas, o estabelecimento da ordem social e a conexão entre o mortal e o divino. Mas no final, pessoal queria mesmo era se divertir, e um jogo que começa como diversão pode muito bem acabar com algum quê místico ou religioso, como a tábua Ouija e o Tarot, por exemplo.
Um comentário em “Descoberto o mais antigo jogo dos Maias”