Mamíferos estão por cima da carne seca evolutiva graças ao seu cérebro evoluído. Os primatas, então, ruleiam, ainda mais os que adquiriram polegares opositores, o tipo de maravilha evolutiva surgida há 2 milhões de anos e que fez enorme diferença. Será que nossa engenhosidade pode fazer melhor? Claro que sim. Que tal OUTRO polegar?
O neurocientista Tamar Makin e o designer Dani Clode, da Universidade de Cambridge, resolveram investigar o aumento iminente do motor corporal usando impressoras 3D para criar os dispositivos e membros robóticos. Com isso, veio a pergunta: e se a gente criar um dedo a mais?
Claro, não podia ser apenas mais um dedo, e sim um polegar. Os polegares são úteis, mesmo porque, foi diretamente por causa deles que seres humanos dominaram o planeta (isso aliado à capacidade de mandar pra vala os concorrentes). Não é apenas uma questão de inteligência; golfinhos são inteligentes, mas você viu algum golfinho no comando de algo?
Clode e Makin imprimiram em 3D um polegar que pode ser preso a uma mão. O motor é preso ao pulso e a bateria na parte superior do braço. Os sensores de controle estão ligados aos dedões dos pés, ou seja, para funcionar, tem que contrair os dedos dos pés se quiser abrir e fechar o polegar extra, algo muito prático, não?
Em uma exposição científica recente, Clode e Makin deram a 600 pessoas a chance de experimentar o dedinho mágico. 98% foram capazes de descobrir como controla-lo de maneira eficiente em poucos minutos de uso, já que o cérebro consegue dar conta de qualquer gambiarra já que ele mesmo é uma. Vamos de videozinho?
Claro, o que a gente faz com isso? Bem, hoje, nada, mas só em temos algumas ideias e a possibilidade de entender a plasticidade do cérebro em se adaptar com algo tão bizarro quanto um sexto dedo protético, acho que podemos ter a certeza que ele consegue muito mais.
Para saber mais, leia a publicação no periódico Science Robotics.
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