Simon diz: Usar campos magnéticos melhora a sua memória

Vamos ser honestos. Trabalhar é chato. Trabalhar cansa. Trabalhar impede de fazermos e termos aquelas que gostamos, mas que só podemos pagar por elas mediante o dinheiro que ganhamos com trabalho. O cansaço quando trabalhamos ou estudamos acaba deixando nosso cérebro zuado, com nossa memória indo pro ralo.

Para nossa sorte, alguns pesquisadores descobriram que a estimulação cerebral por meio de campos magnéticos pode ajudar a melhorar a memória de trabalho. Mas que diabos é isso?

Eu não vou explicar magnetismo. No máximo, o que é memória de trabalho. Este tipo de memória é de curta duração, armazenando informações imediatas, mas não em termos de grande quantidade. Seria como memória RAM dos computadores, em que você tem uma memória imediata e nem sempre grande o suficiente. Se quiser que ela fique definitiva, você precisa gravar no seu HD, num pendrive, num disquete ou zipdrive (pergunte aos seus pais).

O dr. Simon W. Davis é neurocientista. Como ele não trabalha no Brasil, ele não tem apenas 6 mil reais de verba para tocar um laboratório, sua pesquisa, e pagar estagiários. Davis tem a sorte de trabalhar num país de verdade, e que não odeia ciência. Ele é co-diretor de Neurologia do Duke Brain Stimulation Service Center, na Universidade Duke, uma universidade de verdade que não maloca verba para depois ficar sem poder pagar os faxineiros. Ah, sim. Davis tem Twitter e eu adorei o nome do site do laboratório dele.

Simon disse pros seus colaboradores verificarem o que aconteceria se aplicassem a estimulação magnética transcraniana repetitiva em algumas pessoas.

Estimulação magnética transcraniana repetitiva é uma estimulação feita através do crânio por meio de campos magnéticos, de forma repetitiva, mas como eu sei que você não faz a menor ideia do que seja isso, vou explicar.

Seu cérebro funciona por meio de sistemas químicos (reações químicas) e por interações físicas, principalmente envolvendo eletricidade. Tudo campo elétrico acaba gerando um campo magnético, e é aí que a mágica acontece, pois um campo magnético influencia outro campo magnético; por isso que aproximar um ímã de uma fita cassete (pergunte ao seu avô) deixava a fita inutilizável, já que zuava com os ímãs microscópicos que estão presos na fita.

Sendo assim, podemos usar campos magnéticos para “ler” a resposta que os campos magnéticos dentro da sua cabeça dão quando se passa um ímã perto. Mais do que isso, se algo não vai bem, em muitos casos pode ser que os campos magnéticos estão com algum problema. Como sua memória depende de impulsos elétricos, os quais geram campos magnéticos em microescala, claro, passar um imãzão poderia colocar as coisas no s eixos.

Ou não! Você poderia se transformar num imbecil muito burro. Isso acarretaria sérios problemas, como você virar youtubeiro ou se candidatar a um cargo político ou eleger um político menos burro que você, para depois você discutir na internet com outras toupeiras como você, que escolheram um político estúpido, mas de outro partido, formando uma nação de boçais.

Não creio que foi isso que acarretou o total do eleitorado brasileiro. Então, talvez, a estimulação por meio de campos elétricos não tenha nada a ver com a burrice inerente das pessoas. A saída é começar os experimentos!

Após a aplicação da estimulação magnética transcraniana repetitiva (vamos chamar de EMTr), as pessoas submetidas ao procedimento mostraram melhor desempenho da tarefa de memória. E como está mexendo com memória, ÓBVIO, já estão imaginando em um novo tratamento pro Alzheimer.

Para o procedimento, Simon disse pros pesquisadores empregarem um dispositivo de EMTr comercialmente disponível, o qual gera pulsos magnéticos de alta intensidade para despolarizar os neurônios em uma região específica do cérebro, e os voluntários eram pessoas entre 18 e 35 anos de idade, e idosos saudáveis entre 60 e 80 anos de idade. As cobaias foram submetidas à estimulação da EMTr durante a execução de uma tarefa de memória denominada “tarefa de alfabetização de resposta tardia”, que mostra momentaneamente algumas letras aos participantes e pedindo que repitam as letras vistas em ordem alfabética.

Os pesquisadores descobriram que tanto jovens quanto adultos mais velhos que tiveram estimulação de EMTr durante a realização da tarefa tiveram melhor desempenho do que aqueles que não receberam estimulação; mas eu sei o que você está pensando. Aqueles travesseiros magnéticos, colchões magnéticos, whatever magnético vai melhorar a memória, certo? Errado, não é assim que funciona. Não basta passar qualquer ímã. é preciso ter a intensidade e fluxo certo. Ciência não é aquelas bobagens que você vê em canal de compra ou em propaganda que aparece em site de notícias, disfarçadas de notícias verdadeiras.

E como eu sei que você quer mais detalhes, não se preocupe. A pesquisa está disponível na íntegra na Plos One.

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