Pesquisadores imprimem coração zero bala, com vaso sanguíneo e tudo

Muitas pessoas tentam a todo custo consertar o que está estragado, mas tem horas que não tem jeito. E se você reclama, tem sempre um idiota que diz “Não gostou? Faz melhor”. Bem, o pessoal da Universidade de Tel Aviv disse para segurar o arak deles enquanto “imprimiam” um coração completo e vascularizado. Se HaShem não fez coisa que preste, nós dar jeita!

O dr. Tal Dvir é professor da Faculdade de Biologia Molecular e Biotecnologia do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais, pesquisador no Centro de Nanociência e Nanotecnologia e Biotecnologia Regenerativa, tudo isso na Universidade de Tel Aviv. Sua pesquisa visa estudar desde nanotecnologia até microfluidos, e o que se faz na prática com ambos, já que grafeno é tudo de bom, é ótimo e faz tudo, menos sair do laboratório.

O ponto principal do Tal doutor, é que há muitas pesquisas sobre impressão em 3D usando tecidos para produzir órgãos, só que eles esbarram num problema: a vascularização. Mesmo porque, caso você tenha estudado num colégio que preste, sabe que toda célula precisa de alimento sob a forma de nutrientes, água e oxigênio, só que essas coisas não aparecem lá por obra e graça de Nosso Senhor Jesus.

Os corações projetados e “impressos” levam em conta que a “tinta” usada para imprimir é feita com açúcares e proteínas que podem ser usadas para montar um órgão em três dimensões. Mas calma, calma que isso já foi feito. O problema é que este coração vira é um bifão, pois ele não vai ter vida muito longa, já que não recebe sangue. É preciso que a impressão 3D crie os vasos sanguíneos, também. E é aí que entra a pesquisa do bom doutor.

O coração obtido pelo dr. Dvir e seus colaboradores nem é tão grande, mas do tamanho de um coração de coelho. Bem, você esperava o que? Um coração de T-Rex? (não que fosse uma má ideia, mas vamos devagar com este andor aí, ô!). A pesquisa começou com uma biópsia de tecido adiposo que foi retirada de pacientes. Os materiais celulares e tecidos foram então separados. Enquanto as células foram reprogramadas para se tornar células-tronco pluripotentes, e foi organizada uma rede tridimensional de macromoléculas extracelulares, como colágeno e glicoproteínas, as quais foram processada em um hidrogel personalizado que serviu como “tinta” de impressão.

Este milk shake de células, tecidos e hidrogel possibilitou que as células fossem eficientemente diferenciadas para células cardíacas ou endoteliais para criar emplastros cardíacos imuno-compatíveis específicos do paciente com vasos sanguíneos e, subsequentemente, um coração inteiro.

HÃ? MAS… MAS…

Deixa de frescura, que você sabe muito bem que eu vou explicar.

O hidrogel é uma matriz onde as células vão crescer. Células essas que estavam sob a forma de células-tronco, mas foram “convencidas” bioquimicamente a mudarem para a forma cerca, seja tecido muscular, endotelial e até mesmo na especiação de produzir os vasos sanguíneos. Funciona? Bem… para ser sincero não se sabe ainda. Foi feito um coração humano em escala MUITO reduzida, do tamanho de um coração de coelho, como dito anteriormente. Não serve para um humano e transplantar para um animal será rejeição na certa. Mas será que funciona? Ainda é cedo saber.

Primeiro, os pesquisadores precisam cultivar mais desses corações “impressos” em laboratório, para depois adestrá-los a agirem como corações nos batimentos cardíacos. Aí vem aquela parte de impulsos elétricos que, muito provavelmente, será por meio externo, já que seria preciso fluxos de sinais elétricos e… poxa, mal produziram os vasos! De repente, um micro-marcapasso funcione. Talvez, não se sabe, mas ciência é começar tateando no escuro. Só depois é que começam os transplantes em modelos animais.

A pesquisa foi publicada no periódico Advanced Science

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