Baixo consumo de calorias está relacionado a diminuição de doenças do envelhecimento

Se você é homem casado, sabe que se tem mulher em casa fazendo dieta para emagrecer, fatalmente você também estará fazendo dieta. Minha digníssima, por exemplo, está fazendo dieta low-carb. Uma maravilha, mas isso só dura quando você se vê almoçando lasanha de berinjela, com aquele maravilhoso sabor da derrota.

É um fato que a diminuição de carboidratos ajuda a perder peso, além de evitar doenças futuras, mas agora, num estudo mais completo, ficou evidenciado que a restrição calórica, de uma maneira geral, diminuiu o envelhecimento e o metabolismo e protegeu contra doenças relacionadas à idade.

A drª Leanne M. Redman é professora-adjunta de Ciências Clínicas na Pennington Biomedical Research em Baton Rouge, LA. Ela também atua no Departamento de Endocrinologia Reprodutiva e Saúde Feminina na mesma instituição, e pesquisa os efeitos da redução de ingestão de calorias (na verdade, quilocalorias. Se você vir escrito em alguma embalagem “X Calorias”, na verdade, são quilocalorias, kCal). De acordo com os dados que Redman anda coletando, restringir a quantidade de calorias pode retardar o metabolismo basal.

Metabolismo basal é o consumo mínimo de energia para manter seu corpo funcionando. Quando você respira, gasta energia. Quando seu coração bate, o estômago digere, o fígado trabalha e o cérebro controlando tudo, tudo isso gasta energia. Só o cérebro gasta 20% de toda essa energia. O cálculo de metabolismo basal leva em conta sua altura, peso e idade. Qualquer caloria que você ingira a mais será armazenada e seu corpo é ÓTIMO para armazenar energia. Seu cérebro ama açúcar por causa disso, já que ele ainda não entendeu que temos restaurantes, supermercados, geladeiras e deliveries para nos suprir quando estivermos com fome. O cérebro ainda acha que somos caçadores-coletores e pretende ingerir o máximo de calorias que encontrar.

Como hoje o máximo de esforço é pegar o controle remoto, a tendência é ter mais pessoas obesas. Os chamados “magros de ruim”, na verdade, são pessoas com ineficiência de administração energética. Ou seja, o que elas comem a mais vira cocô.

O problema do metabolismo é a Segunda Lei da Termodinâmica: nenhuma ocorrência é 100% eficiente, e os subprodutos das reações metabólicas aceleram o processo de envelhecimento, por causa de substâncias que não são aproveitadas e radicais livres. Mas o que a pesquisa da dª Redman apontou é que a a restrição calórica mantida por vários anos pode ajudar a diminuir o risco de doenças crônicas e prolongar a vida, mantendo sua qualidade.

Esta pesquisa foi o primeiro ensaio controlado randomizado para testar os efeitos metabólicos da restrição calórica em humanos não obesos. A segunda fase do estudo relata resultados de 53 homens e mulheres saudáveis, não obesos, com idades entre 21 e 50 anos que reduziram o consumo de calorias em 15% em 2 anos e foram submetidas a medições adicionais para o metabolismo e o estresse oxidativo. As reduções de calorias foram calculadas individualmente através da razão de isótopos absorvidos pelas moléculas e tecidos dos participantes ao longo de 2 semanas. Esta técnica indica com precisão um nível calórico de manutenção de peso.

Os participantes do grupo de restrição calórica perderam uma média de quase 9 kg, embora eles não seguissem uma dieta específica e a perda de peso não fosse a meta do estudo. Nenhum efeito adverso, como anemia, perda óssea excessiva ou distúrbios menstruais foi observado. Em fato, ambos os testes levaram a melhorias no humor e na qualidade de vida relacionada à saúde, por conclusão chegaram na ideia que mesmo as pessoas que já são saudáveis ??e magras podem se beneficiar de um regime de restrição de calorias.

Antes de terminar, um aviso: Ceticismo.net é um site de divulgação científica. Eu não sou responsável pela dieta de vocês. Estou aqui informando pesquisas e seus atuais resultados. Outros profissionais estão avaliando e retestando. Se você quiser seguir, fica ao seu inteiro critério. Então, tome vergonhe e pare de seguir merda de receitinha de sites. Eu não sou médico e mesmo que fosse não daria consultas por aqui. Procure um profissional de saúde para avaliar o seu caso, pois pessoas nunca são totalmente iguais umas às outras e exames serão fatalmente pedidos e analisados pelo médico, que lhe dirá o que é melhor para o seu caso, ficando ao seu critério pedir uma segunda opinião A OUTRO MÉDICO.

Enquanto isso, leia a publicação da pesquisa na Cell Metabolism.

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