Pesquisa levanta dúvidas sobre dados de câncer de próstata na Inglaterra

Câncer de próstata é uma bosta, como todos os cânceres que acometem pessoas que foram desenhadas por um projetista inteligente, mas tão inteligente que fez a uretra passar por esta droga de órgão. E se você é homem, toma vergonha e consulte um urologista. O recomendado é exame, SIM AQUELE EXAME, aos 50 anos; ou aos 45 se tiver casos na família (majoritariamente pai e irmão). Se não tiver, um exame PSA é o suficiente para se ter uma ideia. Lembre-se: pare de frescura que o médico não vai contar para ninguém. Ele não conta nem sobre o seu péssimo gosto para cueca e o estado dela.

Normalmente, homens negros são três vezes mais propensos a desenvolver câncer de próstata do que outras etnias. A questão é que eles acabam sub-representados e os dados acabam se tornando falhos. Isso porque remédios acabam não tendo a mesma eficácia para pessoas de etnias diferentes. Racismo? Não, genética. Vá discutir com sr. DNA.

A drª. Mieke Van Hemelrijck, além de ter nome de vilã de filme da Marvel de segundo escalão, é pesquisadora de saúde populacional e epidemiologia de câncer do King’s College London, Londres, Inglaterra.

A drª Van Sopa-de-Letras critica que muitos dos dados sobre homens negros estão errados pois foram tabulados incorretamente, já que a pesquisa de saúde conduzida em um censo demográfico, muitas vezes não retrata resultados para outras demografias, e a tabulação de minorias étnicas muitas vezes não consegue encontrar um equilíbrio.

Tradução: minorias étnicas recebem valores quase no chute.

A drª Mieke alerta que, por causa disso, os homens negros podem não se beneficiar dos estudos atuais sobre o câncer de próstata, caso eles não sejam entrevistados em larga escala. Você pode até achar esquisito, mas isso é porque a população negra é muito maior que no Reino Unido.

Sim, aqui nós temos pesquisa sobre a incidência de casos de câncer de próstata em várias etnias, e isso levando em conta que o Brasil é zuado nesse assunto por causa da grande miscigenação. Maiores informações no final do artigo.

No caso da pesquisa da drª Mieke, para descobrir por que negros são menos propensos a participar no recrutamento de pesquisa (no Reino Unido, frise-se), ela e seus colaboradores analisaram as opiniões e atitudes de dezesseis homens negros submetidos ao tratamento para câncer de próstata em Londres, descobrindo uma série de barreiras para o recrutamento de homens negros com câncer de próstata nas pesquisas.

Estes incluem a desconfiança dos investigadores e os seus motivos, a falta de compreensão sobre os benefícios e consequências da participação, entre outras coisas. Moral da história: ninguém no Reino Unido tem certeza como anda a saúde das minorias étnicas que vivem por lá, da mesma forma que a população do Rio de Janeiro não sabe os verdadeiros índices de violência: pura cagada estatística e erro grosseiro na coleta e tabulação de dados.

A pesquisa foi publicada no periódico ecancermedicalscience.

Péra! Você prometeu dados sobre o Brasil!

Sim, pequeno gafanhoto. O Brasil é o “feliz” ocupante da primeira posição em relação à incidência de câncer em homens e a segunda posição por causa de mortalidade, em que perde para câncer de pulmão. A América Central tem a maior taxa de mortalidade do continente com menores taxas de incidência/mortalidade.

Como o Brasil utiliza pesquisas de recenceamento se baseando em etnia autodeclarada, foi dessa forma que as tabulações de câncer de próstata foram feitas. Sendo assim, 74% dos pacientes com câncer de próstata se consideravam não-brancos (negros e pardos)[1]. Os dados mostraram um maior grau de ascendência europeia entre os casos de câncer de crescimento rápido do que os de desenvolvimento intermediário e lento. Isso difere de muitos estudos anteriores, nos quais a prevalência de ancestralidade africana tem sido relatada para todos os graus. A maior contribuição europeia entre pacientes com câncer de próstata, no Brasil, de alto grau indica que a estrutura genética de uma população pode influenciar estudos de caso-controle[2]. Como eu falei, não é uma questão de racismo. É genética, filho. Mas a forma como levamos a pesquisa, não. Assim, acho melhor a Inglaterra tomar vergonha na cara também, e aprender a coletar e tabular os dados direito.

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