O mais velho dos cânceres já descoberto

Desde que surgiu os primeiros processos de autorreplicação, sempre houve a chance de algo dar muito errado… ou muito certo. Nos casos em que a mutação não virava uma sinuca evolutiva, impedindo o ser vivo de continuar vivo, 99% das vezes deu certo e aquela proteína esquisita virou a Zooey Deschanel. O problema é aquele 1% safadão que nos deu cânceres

Câncer é algo tão velho quanto a humanidade. Não… corrijo: câncer é algo mais velho que a própria humanidade. Enquanto nós, toscos Homo sapiens estamos perambulando por aí por alguns milhares de anos, a mais antiga evidência de um caso de câncer data de mais de um milhão de anos.

O dr. Edward John Odes https://www.researchgate.net/profile/Edward_Odes é professor da Faculdade de Ciências de Anatomia da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul. Sua área de pesquisa é sobre doenças que aconteciam bem antes da sua avozinha, com ênfase em tumores, cânceres coisinhas que estragam o seu dia.

O fóssil em questão foi encontrado nas cavernas de Sterkfontein, Swartkrans e Kromdraai, um complexo que faz parte de um grupo de locais conhecidos por Berço da Humanidade . No caso, estas cavernas ficam no que hoje é a África do Sul. A quantidade de fósseis antigos lá é imensa e é a minha história, a sua história, a história de todos nós.

Voltando ao fóssil em questão, é um osso do pé que, através de análises por imageamento 3D, foi diagnosticado um tumor. Os sinais são claros para um tipo agressivo de câncer chamado osteosarcoma. Tendo 1,7 milhão de anos, é certo que o é não é de um humano, já que Homo sapiens ainda não existiam, mas com certeza é de um de nossos antepassados, e isso implica que o câncer já nos assombra antes de sequer tenhamos posto os pés no chão.

Odes e seus colaboradores não sabem se o referido osso é do pé de um adulto ou de uma criança. Também não sabem se foi isso que matou o dono do pé, já que naquela época era fácil você ser morto por vários fatores, como diarreia, picada de inseto, ataque de animal, envenenamento por alimento estragado e outras coisas que ainda matam pessoas hoje, embora hoje tenhamos condições de evitar

A descoberta foi publicada no periódico South African Journal of Science. Divirtam-se, pois dá pra baixar o PDF Completinho da Silva

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