Dengue virou muito mainstream. A onda agora é Zika, que sempre fez sucesso desde os tempos do Cartola. No mundo que não odeia ciência, vários esforços em estudar e combater a Zika tem ganho mais e mais verbas. O problema é levar as análises e processamento de informações para lugares onde Judas perdeu as meias (as botas, ele perdera uns 50 km antes). Como facilitar o processo, barateando a análise?
( ) Rezando pra Jesus
( ) Chamando os arautos da fosfoetanolamina
( ) Fazendo textão
( ) Usando a Ciência
O dr. Changchun Liu é químico (com ele a oração e a paz, pois só químicos salvam o mundo). Ele se juntou com o dr., Haim Bau, trabalhando ambos junto ao Departamento de Engenharia Mecânica e Mecânica Aplicada na Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade da Pensilvânia.
Engenheiros adoram resolver problemas, mas só químicos abençoam.
Liu e Bau estavam pensando como criar um teste simples para detectar Zika. Eu não sei bem como foi, mas aposto que alguém da Contabilidade passou e disse algo como “aí, ó! Duvido que vocês, manés, criem um teste que custe menos de 10 dólares”.
Não se desafia o pessoal das Exatas assim. Liu e Bau meteram o pé na porta um dispositivo de teste que custa 2 dólares, tendo o tamanho de uma lata de refrigerante, não requer eletricidade ou conhecimento técnico para usar, basta a saliva do paciente.
Fuck You, NÓS É DE EXATAS, PORRAAAAAAAA!!!!!!!
O ensaio detecta o material genético do vírus Zika, ao invés de ficar catando anticorpos. Se é pra caçar o miserável, não ficamos atrás de olheiro. Vamos logo no chefão da bagaça.
NÃO, PÉRA! PÉRA! Mas e a Big Pharma? Ela não tem interesse em ensaios baratos e eficazes.
Mas não é?
NÃO, PERAÍ!!! E os Illuminatis que querem aniquilar metade da população, ficando apenas a elite global?
Ops, né?
O projeto foi publicado no periódico Analytical Chemistry, e custando 2 dólares, vai chegar aqui no Brasil pagando frete, taxa de importação, PIS, COFINS, ISS, ICMS, IOF e a molhadinha de mão, sairá o preço de um ônibus espacial e ficará preso em Curitiba.
Fonte: Penn State.
A última estrofe é a mais verdadeira de todo o texto.