Que mal esconde o coração humano? Nenhum, está no cérebro

Como Desmond Morris disse no Macaco Nu, somos um bando de macacos assassinos. Nossa agressividade não é de hoje, vem ao longo dos milhões de anos de evolução biológica, herdada de nossos parentes répteis, até que o córtex cobriu tudo, varrendo essa agressividade para debaixo do tapete de neurônios mais “bonzinhos”… ou nem tanto assim.

A parte do cérebro que liga antes de comportamento agressivo é anatomicamente conhecida como a parte ventrolateral do núcleo ventromedial do hipotálamo. É a região do cérebro que controla a temperatura corporal, a fome e o sono, a qual é ativada logo antes de um ataque.

A drª. Dayu Lin é professora-assistente no Instituto de Neurociência da Universidade de Nova York. Ela tem seu próprio laboratório e lá ela vê coisas divertidas como saber como ratinhos bonitinhos podem ser bem FDP às vezes. Ok, ela não faz isso. Ela só quer saber de onde vem a nossa agressividade.

Ela se baseou em estudos anteriores de pesquisadores que indicavam que lá para algumas bandas do cérebro tem um lugarzinho fidamãe no qual repousa nossa tendência de sermos um bando de psicopatas. A diferença é que alguns maníacos não conseguem se controlar, mas a estrutura cerebral está lá, só aguardando.

Em muitas espécies de vertebrados, certos indivíduos irão procurar oportunidades para a agressão. Apesar de várias áreas do cérebro terem sido implicados na geração de ataque em resposta à ameaça sociais, pouco se sabe sobre os mecanismos neurais que promovem a auto-iniciada ou…

Meu Jesus de Lantejoulas, que troço chato! Se bem que publicações científicas não são para serem para a população em geral, por isso vocês têm a mim. Ajoelhem-se perante Zod!

A questão é que não se sabia direito onde estava o mecanismo que fazia com que as pessoas agissem de forma agressiva, até que encontraram uma determinada região do cérebro. Segundo a drª Japinha, é possível detectar sinais precoces de violência premeditada, perseguição, intimidação e até mesmo agressão sexual. Segundo uma visão um pouco exagerada dela, o cérebro é baseado em sistemas neuroquímicos, ou seja, substâncias químicas que facilitam o pulular de elétrons de um lado pra outro. Dessa forma, poderíamos impedir esses arroubos de agressividade mediante medicamentos e, claro, monitoramento 24h/dia.

Seria bem legal. As pessoas receberiam doses de um remedinho que suprimiria certas ações do cérebro, transformando todos em pessoas mais lógicas e avessas à emoção. Isso soou como o filme Equilibrium. Não deu certo no filme e não dará certo no mundo real.

Ter um remedinho mágico que ajuda a controlar o comportamento violento é algo idiota, numa ideia infantil, até. Seríamos controlados por medicamentos, drogas, whatever. Grandes escritores (de ficção ou não), e o Pedro Bandeira, já exploraram isso. O resultado nunca é agradável.

Tenho pouca (ok, nenhuma) crença que isso será conseguido. Seria tirar parte de nossa essência, mas aí é algo mais para ramos como Filosofia (estou falando a séria e não as besteiras de masturbações mentais) do que Ciência. Seria um dilema ético: controlar uma pessoa para proteger uma população, que poderia evoluir para controlar a população para protegê-la de si mesma; e a Ciência não tem respostas para isso, pois não é de sua alçada. Mas de quem seria? Dos que estarão guardando os guardiões?

A pesquisa foi publicada no periódico Nature Neuroscience.

Deixe um comentário, mas lembre-se que ele precisa ser aprovado para aparecer.