Colocar mulheres trans para competir com mulheres cis é ético? Políticos dizem sim, Ciência diz não

Já sei que vai ter gente me xingando, mas estou sendo xingado desde que comecei a postar artigos na Internet há mais de 20 anos. A bola da vez, agora, é a questão da participação de transgêneros nos esportes. Isso está dando discussões acaloradas. Mulher-trans, em resumo, é um homem que praticamente se vê como mulher, mesmo sem fazer operação de mudança de sexo, o que não é exigido o Brasil, desde que tenha níveis de testosterona abaixo de 10 nanomols por litro, para praticar um esporte feminino. E estes níveis têm que se manter por pelo menos 12 meses. Depois disso, deve passar por monitoramento frequente.

Alguns são contra, alegando que pouco importa o nível de testosterona, ainda assim há uma clara vantagem de mulheres-trans sobre mulheres-mulheres, e eu não vou discutir disforia de gênero, sexualidade, orientação sexual e cromossomos, pois não é este o assunto do artigo, então, nem pensem em começar este tipo de discussão, porque não quero que meu blog vire uma zona. O assunto do artigo é: existe uma real vantagem de mulheres trans sobre mulheres cis (prefiro chamar mulheres-mulheres, só porque eu me sinto como se estivesse falando de isomeria substâncias orgânicas?) de acordo com uma pesquisa, sim.

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Reforço Positivo Negativo e o Experimento Monstro


Hoje sabemos o quanto os reforços positivos são importantes no comportamento das pessoas. Os reforços negativos também têm a sua importância, mas a forma como isso foi descoberto levanta sérias questões éticas. Em 1939, Wendell Johnson começou a fazer experimentos sobre reforços positivos e negativos com crianças, tentando entender melhor como esses processos funcionam, e como trabalhar com eles de maneira efetiva na educação. Estes experimentos trouxeram muitas informações, mas a maneira como ele fez isso é criticado até hoje e foi apelidado de “O Estudo Monstro”.

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O Experimento com o Pequeno Albert

Até onde vai a pesquisa científica, e quando é suficiente, a ponto de parar tudo, pois cruzou-se os últimos limites da Ética? Numa época que comitês de ética em pesquisa científica era algo que sequer era aventada, John B. Watson, criador do termo “behaviorism” estava transitando naquela área nebulosa entre o certo e errado. Para saber mais é preciso tudo? Bem, ele não se preocupou com isso, nem ninguém se preocupava. Mas isso até o momento que resolveu torturar um bebê para saber de onde vinha o nosso medo.

Neste vídeo, eu conto a história do Pequeno Albert e de como devemos ter em mente que para tudo tem limite.

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Grandes Nomes da Ciência: David Reimer

Este é um drama, uma tragédia, ainda que não grega. Começa com dois irmãos. Gêmeos. E eles compartilharam o mesmo destino. Temos a mãe e o pai, que ainda que tivessem boas intenções (talvez?) sabemos qual lugar quentinho e aconchegante é formado por essas boas intenções. Temos um médico incompetente e um psicólogo sádico. Tudo isso num horrível show de horrores que foi tido como um dos experimentos mais cruéis da história.

Esta é a história de David Reimer. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: David Reimer”

Louva-deus malvado ataca beija-flor bonzinho

Louva-Deus é um bichinho muito legal e temente ao Nosso Senhor Jesus. Certo? Aquelas patinhas juntas mostram o quanto ele é caridoso, gentil e devoto. PORRA NENHUMA! Aquilo é um psicopata! Sendo um inseto carnívoro, o louva-deus é capaz de devorar até um da mesma espécie, fato aliás bem conhecido das fêmeas, que devoram o macho depois do nheco-nheco.

Esse ser das trevas, não satisfeito de devorar outros insetos, ainda é capaz de atacar até mesmo pequenas aves. Sabe o lindo beija-flor que você tanto adora? Vai ser tacado pelo louva-deus que você tanto defende!

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Pesquisadores querem trazer mamutes de volta à vida

Eu aprendi muitas coisas com Jurassic Park. A primeira delas é que pessoal de Exatas sempre tem razão, ainda mais quando o Matemático-Mosca falou que trazer espécies extintas de volta à vida pode não ser lá uma boa ideia. Deve ser por isso que quando vejo a notícia de cientistas querendo clonar espécies que já foram para vala evolutiva porque… bem, a única explicação aceitável é que, sei lá, seria muito maneiro?

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A Ética dos órgãos feitos em laboratório

O mundo não é como antigamente. Tudo está cada vez mais complicado. As preocupações de outrora já são muito “meh”, e hoje temos que nos preocupar com outras coisas. Nosso conceito de ética muda com o tempo, e isso é um fato, pois, não existe Ética absoluta. Seria temeroso se houvesse. Antes era normal ter escravos, praticamente um direito dado pelo Senhor Jesus. Alguns decidiram que isso não era lá muito legal e argumentaram sobre.

Pensem o problema da ética nos transplantes. Primeiro, achava-se errado, já que você estava desmantelando o corpo perfeito que Deus criou (aquela perfeição que deu um tumor incurável). Depois, sobre a ética de doadores vivos. Hoje, podemos cltivar órgãos em laboratório. O que a Ética teria a dizer?

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Médica deixou de atender filho de vereadora PT. Isso é ético?

Vai a resposta curta: Sim, é. Mas como assim? Médico não pode se recusar a atender paciente. Pode? Poder, pode, mas nem sempre. Não é simples e isso ontem me levou a uma conversa com quem mais entende disso: um médico.

Obviamente, você esta indignado, e eu não tiro a sua razão. Mas diferente de comentarista de portais, eu ouço o outro lado e procuro saber mais. Imagino que vocês que me leem também querem saber mais. Não é isso que diz bem aqui em cima do site? Você quer saber mais e vai saber mais. Ou dê Alt+F4, mas não pense que seus comentários serão aprovados.

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Que mal esconde o coração humano? Nenhum, está no cérebro

Como Desmond Morris disse no Macaco Nu, somos um bando de macacos assassinos. Nossa agressividade não é de hoje, vem ao longo dos milhões de anos de evolução biológica, herdada de nossos parentes répteis, até que o córtex cobriu tudo, varrendo essa agressividade para debaixo do tapete de neurônios mais “bonzinhos”… ou nem tanto assim.

A parte do cérebro que liga antes de comportamento agressivo é anatomicamente conhecida como a parte ventrolateral do núcleo ventromedial do hipotálamo. É a região do cérebro que controla a temperatura corporal, a fome e o sono, a qual é ativada logo antes de um ataque.

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Antecipando tentações pode-se reduzir comportamentos anti-éticos

Uma das perguntas mais comuns em termos de psicologia comportamental é por que pessoas boas se tornam verdadeiros FDP. Stanley Milgram já tinha feito experimentos com isso. Agora, uma série de experimentos tenta responder a pergunta: "Será possível evitar que as pessoas façam besteiras?".

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