A vida e seus mistérios fascinam os humanos desde que o mundo é dos humanos. Saber coo surgimos, quando nossos ancestrais começaram pela primeira vez a se replicarem, há 3 bilhões de anos. Como eram apenas moléculas, não temos registros deles, apenas ensaios bioquímicos que comprovam, mas nenhum mostrando um punhado de substâncias inorgânicas se tornando um corpo vivo. Moléculas se tornaram células, células se tornaram seres multicelulares, seres que depois construíram arranha-céus e levaram alguns dos seus à Lua. Ainda assim, queremos ver os primeiros de nossos irmãos.
Bem, na década de 1980, um antigo fóssil foi encontrado e estimou-se que seria um ser vivo bem primitivo, mas pesquisa recente parece achar que é muito mais que isso.
O dr. Martin Smith é professor de Paleontologia do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Durham. Ele pesquisa coisas velhas, um pouco antes do tempo que seu salário dava para viver e o quilo do horti-fruti não estava em níveis estratosféricos (11 reais o quilo da maçã. Caraca!).
Numa recente pesquisa, o dr. Smith que a odiosa lata de sardinha, digo, que antigos fósseis encontrados tanto na Escócia quanto na Suécia eram bem uma amostra única, mas algo bem maior e mais velho. Ao examinar mais detidamente, o dr. Smith pediu que nada temessem, pois com ele não havia nenhum problema. O bom identificou os filamentos como parte de um fungo antigo chamado Tortotubus protuberans, que tem algumas semelhanças com nossos atuais cogumelos, mas não todas. Ele não tinha aquele “chapeuzinho”, que em biologia é chamado de “corpo de frutificação”.
Os filamentos observados por Smith, segundo o bom doutor, formam um sistema de abastecimento de nutrientes para o organismo, com o filamento principal tendo ramos primários e secundários envolvendo o filamento principal.
Durante o período em que este organismo existiu, a vida era quase inteiramente marinha, sem nada mais complexo do que musgos, líquens e fungos. Comentaristas de portais ainda não existiam, e o mundo era um lugar lindo para se viver, mas isso só até dar de cara com alguma extinção em massa. Os fungos eram um dos mais antigos, vivendo exclusivamente de matéria orgânica em decomposição, dando à terra o que dela foi tirado, principalmente no tocante ao ciclo do nitrogênio, banqueteando-se com bactérias, algas ou qualquer coisa que vivia e morria. Tu é nitrato, e ao nitrato voltarás.
A pesquisa foi publicada no periódico Botanical Journal of the Linnean Society (aproveita que está com texto inteirinho da Silva), e traz um tanto mais de informações sobre os nossos tatatatatatatatataravós, que andavam perdidos naquele espação que era o planeta Terra em tempos d’Antanho.
