Quando eu era professor de estadualzão, eu tive a estúpida ideia que seria legal ensinar um pouco a mais. O que pode ser melhor, numa aula de Química, do que experimentos? Bem, estadualzão que se preze não tem laboratório, não tem instalações minimamente decentes e nem direito competente. E não, não existe coordenador em colégios estaduais do RJ. Eu implorei para poder usar o refeitório para aulas experimentais, com coisas que tinha na própria cozinha. Seria legal, né? Mas se isso fosse fácil, não seria inerente ao setor público. O diretor disse que que não, porque eu estava tendo ideias demais (como ensinar, por exemplo).
Mas você — VOCÊ! — não precisa passar por estes dissabores. A Universidade East Anglia tem um projeto em forma de curso online, onde você poderá aprender como usar sua cozinha para ensinar Química.
O curso Kitchen Chemistry foi criado para explorar alguns dos princípios da Química, usando materiais do dia a dia. Nossa casa é um maravilhoso mundo de reagentes, prontos para serem usados. Mesmo naqueles objetos que trazem no rótulo "não contém química". O idiota que escreve uma bosta dessas deveria saber que até na bunda dele tem química.
Com o curso você e aprenderá sobre funções químicas (como ácidos e bases), reações, indicadores, catalisadores etc. É muito maneiro e a inscrição é gratuita, voltada para pessoas que não possuam formação técnica. Só é em inglês, mas você estudou inglês no colégio, não é? (bem, também estudou Química).
Você pode fazer sua inscrição, totalmente gratuita, no site Future Learn. Afinal, os químicos herdarão a Terra!
Oba, agora só preciso da fórmula para criar minha metanfetamina verde amarela e… deixa pra lá.
Seria um sonho ter tido aulas práticas de química na escola, assistia os filmes estadounidenses quando criança e ficava maravilhado com aqueles laboratórios, até que chegou a hora de ter a disciplina aqui no Brasil, infelizmente o professor era um velho que mal conseguia falar, e as aulas estritamente teóricas e sem vida.
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E todos os alunos sentadinhos, quietos, ávidos pelo conhecimento, que nem o que os livros de pedagogia mostram
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