Vida de caçador-coletor era uma desgraça. Além de não ter mercadão para fazer compras, os humanos corriam o risco de serem o jantar de alguém. Quando aprendemos q semear e a colher, nós mudamos a História. não só nossa, mas do mundo inteiro, pois foram as primeiras pegadas humanas que se deixou no meio-ambiente, já no Pleistoceno. Agora, cientistas estudam o impacto que ocorreu quando o começaram as culturas de milho.
O milho é uma das principais lavouras de subsistência. Ele serve desde para se obter farinha até ração pra gado, já que seu grande valor nutritivo o transformou no alimento preferido dos campeões.
NO início era o teosinto, e os caçadores-coletores vagavam de lá pra cá. Um dia, começaram a perceber que as sementes atiradas no chão brotavam e davam origem a outra planta. por que não sentar a bunda num só local e cultivar seu próprio alimento? Daí para mandar o Homem à Lua foi um pulo (de cerca de 9 mil anos!). O teosinto é uma plantinha feliz, pertencente ao gênero Zea, e são os tataravós do nosso atual milho.
Por ue eu deveria saber algo sobre a origem do milho? Não sei, mas creio que o fato de ter um percentual da ordem de 21% de toda a produção de grãos no mundo serem exatamente o milho deve ter algo a ver com isso.
Mas o teosinto não entregou seus segredos de bandeja e ainda hoje estudamos como melhorar a safra de milho, num mundo que já vai pra 8 bilhões de pessoas. Produzir comida não é um luxo, e sim uma necessidade para tentar contornar o problema da fome mundial, enquanto Malthus está lá, como quem não quer nada.
A drª Dolores Piperno pode falar algo sobre isso, já que ela não é muita coisa, além de ser arqueobotânica e curadora do Departamento de Arqueologia Sul-americana e Arqueobotânica do Museu Smithsonian. Ela estuda como o milho entrou nas nossas vidas e como nós produzimos o mllho, afinal, você não acha que ele apareceu na natureza já pronto para virar pipoca, não é?
O teosinto não era o que temos hoje. Suas estruturas vegetativas e floração eram muito diferentes do teosinto modernos e muito mais diferentes dos do milho. Isso já é motivo para botânicos se perguntarem: Será mesmo que o teosinto é parente direto do milho? Bem, o teosinto do Holoceno já era diferente do teosinto do Pleistoceno. Você sabe, né? Aquele negócio chamado Evolução. O que se especula é que com o tempo e inúmeras seleções artificiais, chegamos até o milho que temos hoje. Para fins de comparação, vemos o teosinto lado-q-lado com o milho.
Para a drª Piperno, o teosinto que nossos tatatatataravós cutivavam já estava mais perto do milho do que o teosinto original, oque ajudou bastante no nosso desenvolvimento. Sobre o papel do meio-ambiente sobre essa mudança, os dados são incertos O trabalho foi publicado no periódico Quaternary International.
O milho, antes conhecido pelos nativos da América, escreveu sua história nas cortes europeias. Ele vem lutando a vários bilhões de anos, com a seleção natural tentando mandá-lo pro saco, mas ele é resistente. Entender a História do Milho, é entender a nós mesmos, pois foram um dos grandes impactos que o Homem causou no ambiente. Depois da Revolução industrial começar o hábito de jogar na atmosfera toneladas e mais toneladas de gás carbônico, os teosintos guardaram essa informação dentro de si. A pesquisa de Piperno é uma viagem no tempo, pois pretende ler a história que foi escrita e gravada dentro do milho, comparando as diferentes espécies em diferentes ocasiões, de forma que possamos ter um panorama do que aconteceu e o que pode acontecer.
Pense isso durante a sua pipoquinha da noite.
O globo rural fez um programa muito legal sobre esse tema na Guatemala.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2013/09/globo-rural-mostra-guatemala-dos-maias-e-do-milho.html
Esse pais é um grande repositório de espécies do milho. Numa produção em pequena escala o milho é a grande economia deles também.
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No Peru também existem algumas espécies de milho que não tem no Brasil. Uma delas tem o grão do tamanho de um dente frontal de cavalo.
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Do milho eu aceito uma dose de bourbon, mais nada, obrigado. É impressionante pensar que 5% da produção mundial é destinada ao consumo humano, o restinho vira ração animal e combustível.
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O milho moderno é tão antinatural que não sobrevive mais na natureza sem a ajuda do homem.
Se uma espiga cai no chão serão tantas sementes na disputa pela vida que todas acabam morrendo, ou se sobreviver entrarão em novo processo seletivo.
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