Plantas carnívoras não são carnívoras porque adoram um bife ou sabem das maravilhas trazidas pelo bacon (com ele a oração e a Gória). Simplesmente, elas precisam de fontes de nitrogênio externas quando o solo não dá conta, e elas ainda não desenvolveram nada semelhante ao processo Haber-Bosch. Sendo assim, o mundo ético selecionou naturalmente plantinhas que tinha capacidade de – SLUPT! – comer insetinhos indefesos.
Muito provavelmente, você conhece a vêmnus papa-mosca, mas há outras safadeenhas que conseguem caçar usando outros seres vivos. Uma espécie de mercenários biológicos.
Scott Behie não é chefe de departamento nem nada. Ele apenas está no primeiro ano de seu mestrado na Universidade Brock, no Canadá. Em sua pesquisa, ele descobriu que uma gama muito maior de plantas podem discretamente assassinar de forma bárbara e desonesta pobres animaizinhos; e por procuração! Seus mercenários não são heróis de filmes de ação dos anos 80, e sim um bando de fungos que infectam os insetos/vítimas e estes mnorrem cedendo seus nutrientes de volta ao mundinho maravilhoso e ético, onde só seres humanos são sacanas de se alimentarem de outros animais.
Isso não é nem um pouco novidade. Em 2001, uma pesquisa determinou que algumas variedades de pinheiros brancos faziam uso do fungo que crescia em suas raízes, os quais matavam insetos que serviam de banquete para ambos: pro fungo e pro pinheiro branco. Behie se perguntou se aquilo ocorria em outras espécies, e em seu trabalho, ele defendeu que se algum fungo fidamãe era responsável pelas mortes descabidas, então que ele só podia ser os fungos do gênero Metarhizium, composto de nove espécies conhecidas como entomopatogênico. Estas coisas vindas das profundezas infectam e matam mais de 200 espécies de insetos, que em muitos casos vivem nas raízes das plantas, ajudando a fornecer nutrientes.
Young master Behie testou uma ideia que consistia em deixar próximo a duas plantas, feijão e grama, algumas de larvas de mariposas do gênero Achroia, as quais tinham sido infectadas com o Metarhizium. O conjunto foi colocdo próximo às raízes das plantas, mas separados por uma malha de arame.
Isso em si é muito pouco, pois não se ppode precisar se o nitrogênio absorvido pelas plantinhas saltitantes eram oriundas do inseto gosmento. Sendo assim, Behie usou marcadores radioativos, a saber, isótopos Nitrogênio-15, usados para alimentar a mariposa.
Depois de algumas semanas, Behie verificou que parte do nitrogênio absorvido pelas duas plantas era justamente o isótopo N15, que só podia ter vindo das larvas, demonstrando que estas morreram para nos salvar. Ou salvar as plantas para a Glória Eterna do paraíso das gramíneas.
O trababalho foi publicado na revista Science, e mostra o quanto nós perdemos tempo aqui com mestrados que se perdem e graduandos que saem da faculdade sem produzir nada que preste.
Enquanto isso, o ético mundo natural mostra o quanto a Natureza se importa com os seres vivos, e se você acha que comer um bife é crueldade, pense que a mariposa não teve melhor sorte.
Fonte: Blog da Universidade Brock

Quando se fala em plantas carnívoras muitos pensam que são plantas que se movem quando a presa está por perto, mas não sabem que elas não possuem músculos para realizar aqueles movimentos dignos de “piranha flower” do Super Mario. Elas se dispõem de diversos recursos para conseguir seus nutrientes oriundos de pobres artrópodes, mas é a primeira vez que vejo um caso de uma planta que precisa da ajuda de um outro ser vivo…
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Hm, não sei se entendi a complexidade da parceria entre fungo e planta. Exceto o fato de que a planta fornece de certo modo abrigo para os fungos, não importa como o inseto morresse, ele seria decomposto pelo fungo e em parte absorvido pela planta do mesmo modo, ou não?
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@queiroz, Acredito que no caso acima o fungo garante que o inseto irá morrer próximo à planta, garantindo que seus nutrientes fiquem ali e não longe.
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André… Se não se incomoda, vou fazer uma correção aqui.
O Nitrogênio-15 é como o Carbono-13. Um isótopo estável, mas relativamente raro quando comparado ao seu isótopo mais comum (N-14 no caso do Nitrogênio e C-12 no caso do Carbono).
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