PAREM O MUNDO!! Se eu tinha alguma dúvida sobre a capacidade de alguns religiosos safados, escroques e vagabundos têm de roubar a população, ela foi exinta de uma vez por todas!

A crise de dengue já está num nível tão alarmante que a crentaiada está feliz da vida. Isso mesmo! Pastor vagabundo vendendo óleo santo, pai-de-santo safado fazendo despacho e rezas inúteis com copo de água (parada?) estão sendo empregados para tirar mais dinheiro da população. Enquanto isso, o Capeta (muito o do irritado) deve pensar assim: Caraca, maldita concorrência! Assim não vale.

Até agora foram, pelo menos, 80 pessoas mortas, no Estado do Rio de Janeiro, vítimas da doença, que já contaminou mais de 75 mil pessoas, na proporcionalmente mais letal epidemia de dengue registrada oficialmente no Rio. Em 2002, morreram 91 pessoas em 288 mil casos. Lindo, não? Este ano é ano de eleição, bando de desmemoriados!

Enquanto médicos, bombeiros e até mesmo o Exército lutam com esta atrocidade em termos de Saúde Pública, os safados da Igreja Universal do Reino do Roubo de Deus distribuem um panfleto “explicando” o significado do nome do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, é “desagradável do Egito”, numa referência forçada à pseudo-história bíblica das pragas enviadas contra o Faraó que manteve o povo de Israel em cativeiro.

Uma postagem do site Mídia Independente, trazida pelo Latuff, mostra uma foto do panfleto, conforme pode ser visto ao lado (clique para ampliar).

“De fato não deixa de ser uma praga, quem tem que ser combatida. Fazemos uma oração de proteção divina para as pessoas. Se você quer pedir uma proteção para que o mosquito não te atinja, nós pedimos”, disse à Reuters o bispo Renato Maduro, responsável pela celebração nas manhãs de domingo na Catedral Mundial da Fé, em Del Castilho, zona norte do Rio.

Eu notei uma coisa no panfleto e assinalei com uma seta vermelha (o Cardoso vai dizer que isso é coisa do Kibe Loco, mas não estou nem aí) que o Jorge do Recanto das Palavras disse uma vez: O atual nome da Avenida é Dom Helder Câmara. Como os perclaríssimos safados não querem seu nome vinculado a algo que lembre outra religião, ou usam o antigo nome da avenida, ou usam como endereço a riua lateral.

Mas, se oração não bastar, sempre pode-se fazer uso do óleo-santo (aposto que é óleo de soja daqueles bem vagabundos). “O milagre não é descartado… então a igreja entra com o óleo, e a pessoa que tiver fé pode receber a graça de Deus”, acrescentou Renato Maduro (chamar aquilo de bispo é sacanagem…). O tipinho ressaltou que aos domingos, normalmente, os fiéis são ungidos com óleo para proteção. Imagino que por uma módica quantia, amém, graças ao Jóquei de Jegue!

Só faltaram dizer que o mosquito é coisa do demo. Bem, é capaz mesmo, já que os mosquitos possuem seis patas, enquanto que os insetos da Bíblia possuem quatro. QUEIMA ELE, G-ZUIS!

O site do Correio da Manhã trouxe que o Ministério da Saúde brasileiro emitiu uma nota a alertar a população, pois defende que não se deve automedicar, que nenhuma vacina ou produto garante a cura ou imunização à doença e que a prevenção é a melhor forma de tentar evitar o contágio. Entretanto, a modelo britânica Naomi Campbell deslocou-se ao Rio para doar sangue, que começa a escassear nos hospitais. Não pôde fazê-lo por ter sido operada há pouco tempo. Pessoalzinho não perde a oportunidade de aparecer, não é mesmo?

Mas não é apenas na IURD que o combate à dengue tem sido tratado. Em centros de religiões afro-brasileiras do Rio, o uso de copos d’água nos rituais está sendo restringido, já que o mosquitão da dengue deposita seus ovos em água limpa e parada; de repente, eles fazem as preces com whisky 12 anos. Vai saber.

“Trabalho em copo d’água, só em último caso mesmo. E ainda assim colocamos algum paninho em cima para tampar”, disse Jorge Luiz de Ogum, presidente da União dos Templos de Umbanda e Candomblé. Sobre a possibilidade de tratar a água com larvicida ou cloro, o que impedira a reprodução do mosquito, ele respondeu: “Água com cloro não dá, aí não vai funcionar.”

Esse pessoal é uma comédia! Só que os palhaços é a população!

E por falar em palhaçada, os profissionais especializados no combate à epidemia, saídas alternativas encontram espaço. Equipes de agentes de saúde vão às ruas da cidade vestidos de mosquito para ensinar às crianças métodos de prevenção da doença. Os 19 agentes fantasiados, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, fazem um trabalho educativo em comunidades carentes, apresentando esquetes sobre o desenvolvimento do mosquito e as formas de impedir que ele se reproduza.

O próprio site de notícias da prefeitura mostra que até fizeram um bloco de carnaval para divulgar os trabalhos. Veja AQUI.

Uma outra agente de saúde antidengue recorreu ao popular ritmo carioca do funk para alertar sobre os riscos da doença. A MC Dengosa, que na verdade é a agente Heloísa Faria da Costa, repete em refrão os alertas feitos à exaustão pelas autoridades.

“Não deixe água parada, isso é primordial. O mal da dengue é forte, mas podemos superar, o mosquito ‘Aedes aegypti’ ele não vai nos vencer”, diz a letra da música.

Em suma o que temos? Um governo inepto, espertinhos aproveitadores, uma população de gente burra que não se toca que nada disso adianta. Aí, quando eu falo, aparece um bando de idiotas me criticando. Ir na prefeitura reclamar do mau uso dos impostos, ninguém vai. Daí temos:

1. Estelionato
2. Crime contra a saúde pública
3. Extorsão
4. Charlatanismo
5. Exercício ilegal da medicina
6. Mau uso do erário público

Parafraseando Chico Buarque: CHAMEM O LADRÃO!