A matemática de como aparecem listras em animais

Todo mundo conhece Alan Turing. Ainda mais depois do filme O Jogo da Imitação. Além de Pai da Computação Moderna, Turing estudou até padrões matemáticos sobre o surgimento de manchas em animais, o que acarretou na publicação The Chemical Basis of Morphogenesis (leia o PDF com o paper dele). Mas seu trabalho, apesar de brilhante, não respondia a certas questões. Muitos animais nâ têm manchas como vacas, mas em forma de listras, como alguns felinos (você sabe, desde aquele seiu gato vira-latas até tigres). O modelo de Turing não respondia como isso acontecia. Obra de Jesus? O Projetista Inteligente resolveu sacanear os cientistas ateus que querem destruir a família tradicional?

Uma pesquisa recente busca responder isso, buscando matematizar e criar novos modelos para explicar de onde vêm essas listras.

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Virose de algas pode penetrar o seu corpo (ops)

Todo médico incompetente que se preza sabe que viroses são um mal recorrente da humanidade. Mas o que pouco se sabe que até bactérias contraem vírus, esses safadinhos, Pior do que isso, algas TAMBÉM têm viroses e se você quer piorar ainda mais a situação, essas viroses “virosam” você também!

Fiz ou não fiz seu dia mais contente?

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Os mistérios da Primeira Grande Extinção

O algoz pairava sobre as cabeças, ante das cabeças sequer existirem. Todos os que estavam abaixo não sabiam do perigo nos céus. Seus destinos estavam selados; o mundo jamais seria o mesmo depois da grande chacina que ocorreria quase em seguidas. Milhões de seres quase começaram a gritar, mas já eram silenciosas já naquela época, quando o oxigênio, este pérfido assassino, seguiu desapaixonadamente as leis da Química.

Esta é a história da primeira grande extinção em massa, e sem nenhum vulcão ou meteoro. Apenas uma simples molécula diatômica. É o Livro dos Porquês!

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Alga do mal se prolifera no Caribe fazendo festa e abalando geral

Não há nada pior que espécies invasoras. Não, nem mesmo o ser humano, apesar que este é enxerido mesmo e se mete em tudo. Uma espécie invasora é um ser biológico que acaba indo parar num nicho ecológico. Sem ter predadores naturais, o ser dos infernos acaba se espalhando desarvoradamente, causando desequilíbrio e mandando outras espécies pro saco (sou ótimo em explicações simples). Um desses casos é o mexilhão dourado, pesquisado pela Marcela Uliano.

Um grupo de pesquisadores estuda agora a ação de uma alga, uma ridícula alga que anda tocando o terror no Caribe, mesmo sem ser pirata, já que você não pode baixar por torrent.

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Como ensinar Arqueologia e Paleontologia de forma atraente

Ensinar é muito legal. Mais legal ainda é receber por isso. Não tão legal é participar daquelas reuniões sacais, que não levam a nada e que não se resolve nada. Sério, se você gosta de reunião pedagógica, você é masoquista. Elas são úteis, se as fizessem serem úteis. Alguém já lhe deu sugestões sobre o que fazer da sua aula? Não, só criticam que sua aula tem que ser atraente. Você pergunta como e vem a versão paulofreireana "te vira!"

Bem, eu sou seu amigo e não te julgarei. Você deve ter visto algum capítulo naquele (péssimo) livro didático falando de fósseis, arqueólogos etc. Será que podemos montar alguma aula interessante nesse sentido? Sim, podemos e faremos.

Este é o segundo capítulo do Caderno dos Professores.

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Pesquisa estuda como bactérias regulam seu crescimento

Bactérias são criaturas muito legais. Ficam lá, não falam mal de ninguém, só comem, crescem e lhe causam infecções. Além de ser uma sem-vergonha que domina o mundo, as queridas bactérias felizes regulam sua taxa de crescimento individual, isto é, todas as bactérias têm o mesmo tamanho. Como? Por quê? É o que uma nova pesquisa procura entender.

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Corais caribenhos conseguem sobreviver com acidificação do oceano

Ainda tem gente discutindo (de forma tola) por causa do aquecimento global, emissões de CO2 etc. O gás carbônico aumenta a acidez dos oceanos, porque esse gás é um óxido ácido, combinando-se com a água e formando o fraco ácido carbônico, mediante a reação: CO2 + H2O –> H2CO3. Eu já tinha mencionado anteriormente como a acidificação dos oceanos pode causar extinções em massa, bem como altera a morfologia de crustáceos.

Agora, pesquisadores descobriram que algumas espécies de corais caribenhos conseguem sobreviver nessas condições, já que Seleção Natural, apesar de não existir como dizem (da mesma maneira que Aquecimento Global é lenda, para certas pessoas), está sempre atuando, à espreita, esperando quem acabará numa sinuca evolutiva, indo pra vala da História.

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Quando, onde e como os insetos dominaram o mundo?

Sua arrogância o faz pensar que o Homo sapiens é a espécie mais bem sucedida do planeta? Bem, sim e não. Mas dependemos muito de nossa tecnologia ou já teríamos indo pro saco. Enquanto espécie, somos bem ridículos. Já os artrópodes, enquanto filo, são muito mais bem sucedidos, adaptados, com uma armadura natural digna do Homem-de-Ferro, mas no máximo seria um herói de queratina (e não, gente. Homem-Formiga é ridículo. É o Aquaman da Marvel!)

Entre os artrópodes, a classe Insecta está aí, feliz da vida, desde milênios, ou melhor, milhões de anos! O número de espécies fica entre 800 mil e 1 milhão, o que dá cerca de 80% de TODAS as espécies viventes no planeta. Mas fica a pergunta: Quando e como os insetos chegaram a este espalhamento por sobre a face da Terra? É o que mais de 100 cientistas em todo o planeta procuram responder.

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Como voar sem gravidade (ou quase nada de gravidade)

Um dos artigos que mais gostei (dentre uma saraivada deles), é o da Kate Upton em microgravidade. Aliás, não foi só eu. Muita gente adorou o artigo, ao ponto até de "se inspirar" nele. O voo parabólico é uma das coisas mais maneiras que existem e não é coisa recente. Ele sempre foi usado para o treinamento de astronautas, mesmo quando ainda não havia efetivamente astronautas, mas sem ele não haveriam astronautas.

Imaginem o seguinte: se hoje o treinamento para um astronauta é rígido, como seria o treinamento para o início dos anos 1960, quando Kennedy lançou a corrida espacial (que, DE FATO, os EUA chegaram atrasados em tudo, e só foram primeiro à Lua, porque a URSS nunca teve intenção de mandar ninguém pra lá). Entre testes de paraquedas, quedas e ações centrífugas, como seria o comportamento de seres vivos em ambientes com microgravidade (NÃO É GRAVIDADE ZERO!!!!!)?

Só o LIVRO DOS PORQUÊS para nos explicar.

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A lenta e microscópica vida nos mares

Há um grande problema em acompanhar o mundo natural. Ou ele é muito rápido, muito grande, muito pequeno ou é muito lento. Ou uma mistura dessas coisas, duas a duas. No caso da vida, é difícil acompanhar o que acontece, já que temos que ver as minúcias, os detalhes e, mais importante, a paciência de acompanhar tudo isso. O problema que muitos detalhes escapam já que há mínimas variações e só juntando tudo e acelerando o processo para termos noção.

O vídeo a seguir mostra a lenta vida dos corais e esponjas, pequenos seres marinhos que parem estar lá, paradões, sem contribuir com nada. Mas suas estruturas são vibrantes e recheadas de vida.

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