Choquinho no dedo ajuda tetraplégicos a pegar coisas cilíndricas

Prometo não falar de idiotas de Filosofia dizendo que próteses são eugenia, dessa vez, ok?

Tetraplégicos possuem muitas limitações de movimentos. Nadinha do pescoço pra baixo. Alguns, claro, não se deixam impedir de seguirem os seus sonhos. Para alguns tetraplégicos, o sonho é ser chefe de quadrilha, para outros, apenas pegar um copo d’água está de bom tamanho. Não vou nem perguntar se a ciência ajudaria. Vocês sabem a resposta.

Tudo começa com o porquê do indivíduo ser tetraplégico. Há muitas causas, mas o que acontece é que a tetraplegia praticamente é quando os sinais elétricos do cérebro são impedidos de ir para além do pescoço. Como não chega nos membros (sim, inclusive), eles não sabem que têm que se mover.

Isso é uma explicação básica e de fácil entendimento. É bem mais complicado que isso! Sim, me xinguem, mas pro assunto, está ótimo. Qualquer dia eu escrevo um texto completo explicando paraplegias e demais paralisias, mas não hoje.

O dr. Chad Bouton é vice-presidente de Engenharia Avançada e professor do Instituto de Medicina Bioeletrônica do Instituto Feinstein de Pesquisa Médica. Em parceria com Milad Alizadeh-Meghrazi, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Myant Inc., Bouton desenvolveu métodos de neuroestimulação em circuito fechado e eletrodos têxteis usando processos proprietários da Myant Inc. para formar uma luva leve e vestível que regula as forças individuais dos dedos para facilitar o movimento funcional em indivíduos paralisados.

JESUS!

Bouton pediu licença pra Myant para usar tecnologia patenteada deles. Eles disseram “Ok, mas coloca o nome de um de nossos pesquisadores aê, ô!”. Bouton colocou a cerveja de lado e falou “Say no more” e juntos produziram isso aqui:

Esta “munhequeira” high-tech tem um tecido especial com vários eletreodos que servirão para estimular diretamentes os nervos da mão. A estimulação elétrica muscular transcutânea é usada em várias aplicações clínicas, inclusive como uma ferramenta de reabilitação para ajudar pessoas com mobilidade reduzida. O sistema desenvolvido deu um passo além. Ele pode, sem depender de implantes, estimular dedos individuais de indivíduos tetraplégicos se moverem para se fecharem em conjunto, agarrando objetos.

A tecnologia baseia-se em um envoltório de braço com uma matriz de eletrodos incorporados, bem como novas técnicas de neuroestimulação em circuito fechado. O sistema pode acionar com precisão vários movimentos musculares, com uma força consistente, sem levar a fadiga excessiva nos voluntários.

Dois voluntários tetraplégicos envolvidos no estudo demonstraram impressionante extensão dos dedos, flexão e capacidade de agarrar-se a coisas razoavelmente grandes. Isso incluía agarrar e levantar uma garrafa de água de 750 mL! Nada mal, hein?


Aqui pra você, tetraplegia!

Embora a tecnologia não exija implantes, os pesquisadores acreditam que deve ser possível combinar sua abordagem de neuroestimulação com interfaces cérebro-computador para gerar movimentos consideravelmente mais sutis e melhor controlados.

A pesquisa completa pode ser lida no periódico Bioelectronic Medicine

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