Nos alimentarmos é uma necessidade. O problema é que, não importa o que a gente coma, sempre estaremos causando impacto. O que falta à percepção clara é qual é a relação por índice nutricional e impacto no ambiente. Só que agora, senhores, temos a tecnologia! Pesquisadores construíram um algoritmo para atribuir uma pontuação a alguns dos alimentos ricos em proteínas mais comumente consumidos e classificá-los com base em sua eficiência na entrega da maior parte das proteínas ao menor custo para o Ambiente.
Vai ter vegan reclamando do resultado, mas quem se importa com vegans?
A drª Carol Johnston e o dr. Chris Wharton são pesquisadores e dão aula na Faculdade de Soluções para a Saúde da Universidade do Arizona. Eles se juntaram a escreveram o algoritmo para listar os alimentos com maior entrega de proteínas. Não apenas isso, o ranking leva em conta a sustentabilidade ambiental.
Os valores proteicos foram calculados tendo em conta a sua biodisponibilidade, baseado no fato das proteínas serem absorvidas de forma diferente, dependendo do alimento de onde são originárias. Geralmente, a proteína dos alimentos animais é mais fácil de absorver do que a proteína dos alimentos de origem vegetal, principalmente porque a maior parte dos vegetais ou é carboidrato ou fibras. Claro, vegans irão dizer que não, mas como eu demonstrei no meu artigo Vegnismo Desmascarado, ficou demonstrado que eles não entendem nada disso.
Já o peso de impacto ambiental foi calculado através da análise da avaliação do ciclo de vida – que determina o impacto ambiental de um alimento – por meio da contabilização de uma variedade de medidas no ciclo de vida de um produto alimentício, desde a produção até o consumo até o descarte.
Johnston e Wharton chegaram à conclusão que alimentos como amendoim e pós proteicos foram mais eficientes na entrega de proteínas com um pequeno custo ambiental, enquanto os queijos, grãos e carne foram menos eficientes.
“Ahá! Então a carne não é o que dita as normas proteicas e têm sim, maior impacto ambiental em comparação ao amendoim e pós proteicos, né?”
Sim, veganzinho, mas você ignora a parte que os alimentos ditos “pós proteicos” são esses Wheys da vida. Sabem do que ele é feito? Soro de leite, um produto de origem animal. Já os alimentos de origem vegetal, ao contrário do que naturebas vão dizer, têm alto impacto ambiental. Primeiro, pelo enorme gasto com água. Segundo, é preciso fazer uso de fertilizantes e defensivos agrícolas e sistemas de processamento de alimento, terminando por altas emissões de gases poluentes.
Salmão e atum também apresentaram alta eficiência no ganho proteico, mas apenas quando eles foram selvagens-capturados. Isso mostra o quanto a percepção “plantinhas tem muito menor impacto” é falsa. Pessoal acha que plantar uma lavoura de soja para abastecer um país é a mesma coisa que plantar uma hortênsia num vasinho. Não é, o impacto ambiental chega em níveis absurdos, mas, claro, não vão aceitar. Plantinha não impacta nada e fim, lálálálá!
Claro, o impacto da carne vermelha em termos de emissão de CO2 é alto. Mas, convenhamos, alimentação animal não é só os deliciosos boizinhos de cada dia, sem falar que estamos nos restringindo, nesse caso, a emissões de gás carbônico, quando há outros impactos. Ainda assim, esta pesquisa mostra outro viés que pode estar passando desapercebido.
Longe de servir para sacanear vegans (que é a segunda coisa mais deliciosa do mundo, sendo a primeira um maravilhoso churrasco), esta pesquisa serve de guia para pessoas que precisam suplementação de proteína com outros alimentos ricos, mesmo levando em conta menor impacto ambiental. Amendoim pra galera, pelo visto!
A pesquisa foi publicada no periódico Sustainability
A produção de leite e carne a base de pasto é muito diferente da produção dos animais confinados e a base de ração. Os ruminantes são muito eficientes em transformar celulose das gramíneas em glicose e a parte proteica do pasto em leite e carne. Julgo que um animal pastando seja de umas atividades agrícolas mais ambientalmente favoráveis, onde se tenha pouco uso de agroquímicos para atividade.
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