Pílula do cocô usada para combater infecções intestinais

Nenhuma doença é legal, mas com certeza as que acometem o intestino estão entre as mais infames, desconfortáveis e muitas vezes fatal. Há muitos tratamentos, inclusive em que cocô é transplantado de um intestino pro outro, mas será que não poderíamos simplificar isso? Bem, se simplificação que você quer, simplificação é o que a Ciência te dará. Que tal uma pilulinha de cocô?

O dr. Thomas Louie é professor Faculdade de Medicina Cumming, a Universidade de Calgary. Ele pesquisa epidemiologia hospitalar, ecologia dos bacilos gram-negativos nosocomiais (responsáveis por infecções contraídas durante estadia em um estabelecimento de saúde, também chamado de “infecção hospitalar”) e estuda pacientes que recebem cefalosporinas de terceira geração. Atualmente, o bom doutor pesquisa a evolução de novos agentes antimicrobianos e modificadores de resposta biológica em pacientes gravemente doentes com infecções, bem como aspectos selecionados de doenças infecciosas clínicas e microbiologia clínica, quando aplicado à utilização de antimicrobianos Home IV e testes diagnósticos e ZZZZzzzzZZZzzzzz

Ele cuida de gente muito doente sofrendo casos severos de infecções, principalmente aquelas obtidas ao estarem internados em hospitais. Um dos principais casos são de infecções intestinais, que são muito difíceis de serem tratadas. Louie, então, pesquisa se poderia ter um remédio para atacar o problema de frente, e esse remédio está na forma da chamada “pílula fecal”, que ele vem pesquisando desde 2013. Esta pílula foi desenvolvida para atacar o Clostridium difficile, responsável pela colite pseudomembranosa. Esta doença resulta do deslocamento de bactérias saudáveis do cólon, geralmente devido a antibióticos. Esse tipo de colite também pode ser transmitido de pessoa para pessoa por esporos, podendo causar graves danos ao cólon e ser fatal, com sintomas como diarreia, dor de barriga e febre.

O tratamento deste tipo de infecção é na base de antibióticos, mas que pode ser tratada com transplante fecal ou cirurgia. Para isso, a pílula fecal está sendo estudada. Sua eficácia é semelhante ao tratamento mais invasivo. Ensaios clínicos mostraram que o transplante de microbiota fecal é eficaz no tratamento de infecções por C. difficile, seja entregue por colonoscopia ou por deglutição de cápsulas.

Sim, isso que você leu. Eles enfiam cocô pelo seu cólon adentro. Ou você toma a cápsula, não importa! O que importa é que este tratamento restaura o equilíbrio saudável das bactérias que vivem no seu querido intestino, transferindo as fezes de um doador saudável para o intestino de uma pessoa com aquela bactéria duzinferno.

As cápsulas contendo bactérias doadoras congeladas obtidas por via oral mostraram ser 96% eficaz no tratamento da C. difficile; a mesma taxa de sucesso que aqueles que receberam transplante por colonoscopia. As pílulas não têm nenhum aroma ou sabor, então, fiquem descansados. Vocês não estarão ingerindo nada com o lindo aroma e sabor de merda. Basicamente, a pílula fecal passa por tratamento de forma que só contenha as bactérias boazinhas, e nada dos terpenos fedidos que dão o aroma de cocô ao cocô.

A pesquisa foi publicada no periódico Journal of the American Medical Association

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