Antibióticos foram uma das maiores invenções da Humanidade. Pediram para Jesus curar as pessoas, mas ele ignorou. Pediram para Jeová, Allah, entre outros deuses. Só com a chegada dos antibióticos a expectativa de vida deu um salto. O problema é que a Seleção Natural oferece um problema: a resistência bacteriana, isto é, aquele lindo processo evolutivo que criaburricionistas dizem não existir faz com que bactérias sejam selecionadas naturalmente e as mais resistentes continuem gertando (muitos) descendentes.
Será que a Ciência poderia resolver isso?
Bastien Casu é químico (com ele a oração e a paz). Como ele não é de Humanas, seu doutorado (em Bioquímica) não é sobre gente chupando piroca em banheirão público e nem saindo pra curtir orgias em boates gays. Bastien e seus colaboradores do Departamento de Bioquímica e Molecular da Universidade de Montreal estuda como dar uma mexida geneticamente, mandando o remédio direto na fuça da bactéria, de forma com que ela morra antes de bloquear o remédio.
A tática idealizada é usar plasmídeos para servir de delivery de genes, os quais sintetizarão o antibiótico dentro da própria bactéria, bem como substâncias que inibem o fator de resistência a medicamentos, agindo como um verdadeiro cavalo de Troia molecular ou traíra X-9 FDP que trairá o movimento.
Plasmídeos são trechos de DNA com hélice dupla que possuem reprodução própria, independente do DNA cromossômico. Esses plasídeos codificam proteínas necessárias para as bactérias, transportando essas substâncias quando necessário. Assim, a ideia é usar estes sem-vergonhas para carregar um gene alterado de forma que possa fazer o próprio remedinho. Este remedinho irá atuar nos genes do agente infeccioso de forma que ele passe a não oferecer resistância à droga.
Claro, esta pesquisa tem muitos detalhes, mas não é por causa disso que você ficará sem saber. Aproveita a Black Friday e acesse o Scientific Reports que tá tudo lá, de graça!