Pesquisadores estudam fluxos de água líquida sobre o gelo da Antártida

Tem gente que acha que Aquecimento Global é uma farsa. Boa parte dos motivos é que algum professor-doutor da USP falou que não, que pelo contrário, a Antártica não está derretendo. USP parece viver mais do seu nome do que pelos profissionais que têm lá (beijo, Chierice). O problema é que a realidade… bem, a realidade é o que é.

Já se tinha ideia que durante o verão polar as geleiras deviam ter algo semelhante a rios, com grandes quantidades de água líquida escorrendo. Até agora nada tinha se visto… até agora.

O dr. Jonathan Kingslate é glaciologista e professor no Departamento de Ciências Ambientais e da Terra da Universidade de Columbia. Ele e seus colaboradores descobriram drenagens extensivas de água oriunda de gelo derretendo e fluindo sobre partes da camada de gelo bem sólido na Antártida, durante o verão. Já sabia que tais características existiam, mas presumia-se que estas águas estavam confinadas principalmente ao extremo norte da Antártica. Muitas das drenagens recentemente mapeadas não são novas, mas o fato de elas existem é significativo, pois parecem proliferar com pequenos aumentos de temperatura.

Isso significa dizer que o gelo lá está tão instável que qualquer variaçãozinha de temperatura e o gelo derrete muito, formando aqueles rios caudalosos e até cachoeira. A maioria dos pesquisadores consideram a água movendo-se através da superfície da Antártica extremamente rara, mas ainda assim é desconfortante saber que elas existem.

Muitas das drenagens recentemente mapeadas começam perto das montanhas através das geleiras, ou nas áreas onde os ventos poderosos têm escavado a neve. Alguns desses locais possuem terreno um pouco mais escuro e, como você deve ter aprendido no colégio, isso faz com que a superfície absorva mais luz do Sol, absorvendo mais calor.

Todas essas drenagens de água superficial na Antártida podem não ser apenas as responsáveis pela elevação de água dos oceanos. Ainda há drenagem líquida, quase invisível, logo abaixo da neve, uma espécie de “rio subterrâneo”, só que ao invés de ser dentro do solo é dentro da neve, ou seja, o interior também está derretendo, o que nem sempre é visto, pois a água é péssimo condutor de calor.


Pontos com fluxo de gelo derretido (clique para ampliar)

Mas não acreditem nas imagens de satélite ou vídeos. Não há derretimento, a Antártida esta tranquilona aumentando de tamanho

A pesquisa foi publicada no periódico Nature

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