Pense um paciente com sérios problemas cardíacos (se bem que, para mim, qualquer problema de saúde é serio). Pense que seu médico está muito longe (algo como 10 minutos de distância, o que já pode ser fatal, em alguns casos). Pense que se você rezar pra Jesus não vai dar certo, pois o Nazareno está ocupado convencendo a Charlene Stephanie a voltar pro Hermenegildo Antônio e já está n 3º e ultimo dia. Pense que um sistema automatizado identificaria o problema, resolveria com um pré-atendimento automático, mandasse as informações diretamente para o celular do médico.
Não, isso não é filme do Homem de Ferro. Isso não é ficção científica. Isso não é o futuro, pois vivemos os dias de hoje que são uma dádiva, e é por isso que é chamado "Presente". Isso é ciência, é tecnologia de ponta e, sabe o que mais, você não terá acesso a isso. Lamento.
Antes de continuar, vamos ser honestos. Eu adoro o desenvolvimento científico e tecnológico, mas estou vendo muito pouco sendo aplicado no dia-a-dia das pessoas. Ok, vão me chamar de comunistas, mas a Ciência não era para ser para todos? Não que faça diferença para a Ciência, que não é uma pessoa ou uma instituição, é apenas a coletânea de tudo o que estamos aprendendo nesses milênios. Pessoas têm seu destino determinado por instituições geridas por outras pessoas.
O dr. Tal Dvir trabalha no Departamento de Biotecnologia, do Departamento de Ciência dos Materiais e Engenharia no Centro de Nanociência e Nanotecnologia da Universidade de Tel-Aviv. O dr. que é o Tal sabe que nem sempre o que é pesquisado e desenvolvido acaba nas mãos do povão, mas não é culpa dele. A função dele é pesquisar e descobrir novas técnicas e tecnologias, e ele parece ser bom no que faz.
O que o bom doutor pesquisa é… como direi? Um coração biônico! Sim, olhem que maneiro. Um Coração Steve Austin. Ele seria regulado remotamente, com os tecidos compostos por células vivas, polímeros, e um sistema de nanoeletrônica complexa, já que tudo tem que ser nano.
O sistema poderia ser acionado remotamente, liberando remédios na quantidade exata, no momento de emergência. Isso até ser hackeado por um moleque espinhento que esteja tentando invadir um sistema de jogos online. Dar uns choques elétricos deve ser uma forma de Ctrl+Alt+Del cardíaco.
A pesquisa do dr. Dvir é revolucionária pois combina materiais orgânicos e inorgânicos, num processo simbiótico. Seríamos quase como o Homem Bicentenário. Ou como o Cyborg, mas sem as partes maneiras como canhões de plasma.
O "remendão biônico" seria uma tira de tecido criado por pura engenharia, misturando, como falei, tecido vivo e componentes nanotecnológicos, pois ninguém quer andar com uma bateria de 12 V nas costas. A espessura do tecido seria adequada para implante, sem fazer o paciente depender de um coração zero bala que estiver disponível, já que as pessoas têm a lamentável falta de cooperação em sofrer rejeição com órgãos recebidos de estranhos. É na base de "se não pode ter um novo, então, faz um remendinho aí".
O objetivo de longo prazo é que este implante seja capaz de regular o seu próprio bem-estar, impedindo o avanço de infecções ou rejeições. Meio futurístico, mas ninguém falou que é pra já. Ele vem, estamos perto, mas não será hoje.
A pesquisa foi publicada no periódico Nature Material, via @avelinobego
Caraca seria uma mão na roda isso na desenvolvido, testado e funcionando né.
Ia ajudar muitas pessoas.
CurtirCurtir
E irá. Esta é a magia da ciência. Ela promete, ela cumpre; e não é fé: é trabalho.
CurtirCurtir