Pelo menos, foi assim que eu interpretei ao ler sobre um daqueles debates de gente de Humanas™. Basicamente, envolvendo uma Pollyana, um observador de favelas (não sou eu quem diz) e o Fernando Gabeira, mundialmente conhecido por sequestrar o Embaixador dos EUA e… bem, foi a única coisa que ele fez de notável, mesmo, mediados por um apresentador de BBB. Adivinhe qual deles leciona? Bem, o observador de favela dá aula na UFF, ou seja, entendem tanto de colégio como eu entendo de neurocirurgia.
A diferença é que eu não vou em nenhum hospital dizer a neurocirurgiões como eles devem trabalhar.
A mesa especial da Globo com o nome bem imaginativo “Educação: mitos e fatos” apurou o que é mito e o que é fato na Educação (você jamais deduziria isso). A versão TL;DR é “a culpa é da escola, a escola culpa o professor e se o aluno usa o celular é culpa do ensino, da escola e do professor. Resumindo, a culpa é do professor,
Isso faz parte daquele besteirol chamado Educação 360, aquele encontro cheio de blábláblá, cujo tempo e energia fosse gasto efetivamente ensinando, já teríamos resolvido o problema da Educação. Um bando de inúteis débeis mentais que entendem muito de fazer palestras, mas nunca colocaram as patinhas numa sala de aula com 60 alunos, com carteira quebrada, lousa pichada, dentro de um colégio no topo da favela, em que você é revistado ao passar por lá. Eu sim, eles não.
Eu vi o “currículo” de um deles. NENHUMA menção a algum trabalho dentro de uma sala de aula, mas ele é que — AHAY! — é que vai dizer a VOCÊ, professor, o quanto você trabalha errado. Ir num canteiro de obras e falar pra um engenheiro que o projeto e condução da obra estão errados, ninguém vai. Sabemos bem o que vai acontecer.
Se eu estivesse nessa bosta de mesa redonda, eu diria o motivo dos alunos não prestarem atenção: ELES NÃO QUEREM ESTAR ALI, SEUS IDIOTAS!
Esses adolescentes não se interessam por tecnologia. Eles querem ficar compartilhando vídeo retardado e fotos de peladices. Querem ficar escrevendo besteiras no Facebook e compartilhar merda, não estudo.Você, professor, não tem como competir com iPhones, iPads, etc. E sim, pobre de favela também tem iPhone, seja lá como conseguiu. Quebrado para vender no Mercado Livre não falta. Já tive aula interrompida, porque uma das alunas estava entretida contando suas estripulias sexuais.e eu não entendo a realidade deles, quando deveria fazer zilhões de cursos para atrair
Claro, ela estava fazendo isso porque minha aula é desinteressante. Aposto que os bonitões não se incomodarão em mostrar como fazer, ficando de 7 às 16h, de segunda a sexta, dando aula pra todos os seguimentos. Se você é tão especialista assim, deverá mostrar com facilidade o exemplo a ser seguido. Ou será que não?
Eu estudei com vários colegas que não são “ensináveis”. Não importava o quão, inspirador, instigador, didático, retórico, preparado, e comunicador fosse o professor, estes alunos em específicos não oviriam, não prestariam atenção, não se importariam com nada. Eles simplesmente não estavam lá pra aprender. Culpar o professor por não conseguir lecionar para um aluno desses, por não conseguir o impossível, é maluquice!
Existem professores ruins que não conseguem ensinar, tanto os alunos que querem aprender quanto o que estão no meio termo. Da mesma forma, existem alunos que não importa o que o professor faça, não vão aprender, independente se o professor é bom, mediano ou ruim.
O mérito do ensino deveria se uma balança entre o esforço do professor e o esforço do aluno. O aprendizado depende de ambas as partes: a cabeça do aluno não é um pote onde você soca ensinamento a força; aluno tem que escolher aprender.
É tão difícil ser sensato?
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Hoje o mundo está cheio de especialistas de buteco, em todas as áreas. Na Ti acontece a mesma coisa. Basta uma reportagem estúpida da Globulosa falando sobre os salários milionários que a relação canditato/vaga dos cursos de TI sobem e quando chegam em sala de aula por conta do SISU, pelo sorteio, dão de cara com matérias que não conseguem acompanhar porque não têm o básico. Chegou ao ponto de num curso do IFSP haver alunos que sequer possuíam email em 2014 ou que entraram porque queriam hackear o facebook da namorada ou ainda, ficar ricos no estágio. E se aluno de colégio não tá nem aí, os da faculdade são piores, muitos são vagabundos profissionais, porque já vieram sem esforço algum desde o ensino básico e mal sabem resolver uma conta do tipo X ‘vezes’ X, a ponto de teimarem com uma professora de matemática, que mesmo mostrando a solução por desenho, insistiu que ela estava errada e ele certo. É a geração falida mesmo. Lamentável.
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FICAR RICO NO ESTÁGIO! HAHAHAHAHA apesar de muito engraçado, é muito triste; tem uma galera com a realidade muito diferente da nossa na qual ganhar salário fixo de estagiário já é “riquesa” =/
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Não é exatamente achar que o salário de estagiário vai deixar rico. Tá mais pra achar que fazendo TI vai abrir uma Startup e vendê-la pro Google em troca de MILHÕES, logo após saírem da faculdade!
Nunca percebem que empresas de alta tecnologia não compram outras empresas, compram idéias!
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Exatamente esse o ponto, Julio.
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Não, Lucas, é riqueza mesmo, como o Julio pontuou abaixo. Não falo de gente pobre que consegue emprego, é classe média mesmo.
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Aí é maluco então. Hahaha
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Não acho tão absurdo assim quem entra num curso de computação e não tem e-mail.
Agora, essa de fazer um curso de computação para “raquear” o facebosta da namorada é de fuder. É o típico pessoal que vai fazer um curso de computação pois gosta de jogar joguinho ou de navegar na Internet.
Aí quando se depara com cálculo, cálculo numérico, geometria analítica, probabilidade e outras “coisas inúteis da matemática” o cara surta.
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“ELES NÃO QUEREM ESTAR ALI, SEUS IDIOTAS!”. Concordo plenamente. Se o diretor chegar e dizer “A escola acabou. Vão embora!” os alunos sairão felizes da vida, super agradecidos.
Na escola onde eu estudo, nas aulas de Inglês, a gente aprende o Verb to be tooodo ano. Porém, o pessoal (exceto eu e alguns outros) nunca aprende. Todo ano é sempre o mesmo embaraço para saber, por exemplo, quando colocar Am, Are ou Is.
E os pais ainda culpam os professores, o diretor, o vice-diretor, a Xuxa, o gatinho, a Globo ou qualquer outra coisa, ao invés de admitirem que os filhotes fracassaram por falta de interesse mesmo.
Ontem, uma crente da Assembleia de Deus me disse “Nossa, pare de ler esses livros. Não precisa estudar fora da escola, você tem que sair e se divertir”. Ela acha que uma pessoa só se diverte fora de casa e fazendo besteira. Deve ser por isso que o filho dela ainda está na mesma série há 5 anos e vive maconhado.
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As escolas perdeu o seu espaço e deu lugar a tecnologia.Escolas
são tão chatas quanto as igrejas.prefiro estar em minha casa do que em uma escola,que é mais legal!
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“As escolas perdeu…”
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Você fala isso porque não veve us pobrema.
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As escolas perdeu pra ignorância….
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Fique em casa mas por favor utilize a gramática um pouco, é muito difícil ler algo tão mal escrito.
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Senhores especialistas, experimentem tentar passar algum conhecimento para alguém que acha que esta fazendo um grande favor se prestar atenção por mais de 30 segundos.
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“Compartilhando fotos de peladices” hahahaha, é bem por aí.
Eu não sei como é uma aula sua, você já postou coisas interessantes que pratica na sala, mas eu já vi muito professor acabando com aula na época que eu estudava.
Temos uma lembrança maravilhosa de uma professora de Geografia (pasmem) que colocou um cartaz da muralha da China enquanto estava ensinando sobre o muro de Berlin e uma professora de Matemática que, quando a galera não queria ter aula, escrevia uma simpatia na lousa, quando ela via aquilo, passava 2 aulas pregando na sala (ela era evangélica).
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Eu perguntei pra minha professora de geografia na escola onde era a Bavária e ela respondeu com olhos esbugalhados.
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Ela podia ter respondido “No bar!”, hahahah
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Curiosamente, nunca chamam um professor MESMO para participar dessas encontros.
Por que será?
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Prof. André, você acha que preferências sexuais (como “preferir” brancos ou negros ou ruivos, gordos/magros, etc.) são determinadas por construção social?
Sei que fugi do assunto do artigo, mas… mas… Ok, não tenho desculpas para isso :x
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Leia os termos da política de comentários
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“as escolas deixou”
Cara, chega. Não toleramos analfabetos.
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Deve ser pelo fato de os professores serem mal remunerados.André seu intolerante,porque VC removeu os meus comentários,sendo que nenhum deles infringiu a política deste blog.
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Eu mando por aqui.
Por exemplo, a partir de agora, você não escreve mais nada.
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Olha, o segundo parágrafo que você colocou não necessariamente contradiz a opinião do tal do Pedro Bandeira.
Em um nível macro, voce precisa ter as notas para acompanhar a média e acompanhar a andamento. Mas individualmente, um aluno com nota maior não sabe necessariamente mais do que um com nota menor. Há colas, alunos bons que tiram notas baixas para parecer “cool” (isso existe), alunos com bom conhecimento que ficam nervosos e alunos que simplesmente querem fazer demais. Mais importante do que ter nota alta é aprender.
Pelo menos isso existia na minha geração, há uns 20 anos atrás. Claro que hoje, o nível da escola está tão baixo que alunos bons são mais excessão do que regra.
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