Anestesia é bom e eu adoro se tiver que passar por qualquer intervenção mais dolorosa que cortar unhas. Eu não sou mártir para sentir dor e você pode me chamar de "banana" o quanto quiser. O problema é que novas pesquisas mostram que anestesias podem deixar efeitos colaterais, principalmente em crianças pequenas, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento.

Mas, pelo jeito, não são apenas as crianças que são afetadas. Até mesmo adultos corem riscos, exceto comentaristas de sites de notícia, pois não podem ter danos num órgão que não possuem.

Como especialistas em pediatria se tornar cada vez mais conscientes de que a anestesia cirúrgica pode ter efeitos duradouros sobre o cérebro em desenvolvimento de crianças pequenas, uma nova pesquisa sugere que a ameaça pode também se aplicam aos cérebros adultos.

O dr. Andreas Loepke, assim como o dr. David Banner, é médico, cientista e trabalha no Departamento de Anestesiologia do Cincinnati Children Hospital Medical Center. Ele estuda efeitos neurotóxicos da anestesia, analisando cada efeito mediante a idade do paciente. Assim, eles demonstraram que a morte celular induzida por anestesia em neurônios não se limita ao cérebro imaturo de uma criança, que ainda está em formação, neurônios crescendo em quantidade, qualidade e ligações sinápticas. O estudo de meu xará aponta que a vulnerabilidade parece atingir vários indivíduos de diferentes idades, mas as crianças sempre sofrem os efeitos mais pronunciados.

A pesquisa foi publicada no periódico Pediatrics, mas Loepke não é idiota e recomenda que mais estudos sejam feitos de modo a determinar com mais precisão os efeitos moleculares sobre o cérebro e como isso o afeta ao longo da vida. o dr. Andreas e seus colaboradores expuseram ratos adultos, jovens e  recém-nascidos a um anestésico chamado isoflurano. Os camundongos recém-nascidos apresentaram perda generalizada de neurônios do cérebro anterior, sem impacto significativo no giro dentado. No entanto, o efeito em ratinhos jovens foi invertido, com um impacto mínimo neuronal nas regiões do cérebro anterior e morte significativa de células no giro dentado, e de um jeito ou de outro, se tem uma coisa que eu espero muito que não aconteça é eu ter células do meu cérebro morrendo.

Os resultados da pesquisa sugerem que a anestesia geral para um procedimento cirúrgico na primeira infância pode estar associada com a diminuição a longo prazo de habilidades de linguagem e cognição, bem como alterações volumétricas regionais na estrutura do cérebro. Mas ainda assim os pesquisadores enfatizam que investigações adicionais sejam feitas. Sendo assim, é por preocupações em perder algumas células que podem fazer falta no futuro, que o dr. Loepke aconselha os pais conversar com o seu cirurgião pediatra sobre os riscos do procedimento cirúrgico. Eu falaria.

Cirurgias sempre têm riscos, e em crianças pequenas, mais ainda. É um mal, mas não pior do que não operar. Ainda assim, pais têm o direito de saber no que estão metendo seus filhos, mas sobretudo, cirurgias ainda são mais seguras do que tínhamos há dez anos, e teremos melhorias nos próximos 10. Isso, contudo, não impede que novas técnicas sejam pesquisadas, para diminuir ao máximo o impacto sobre o paciente.