Como damos o nomes às coisas que vemos, em nível cerebral?

Você sabe que enxerga (estou supondo que você não é cego). Você vê algo e já sabe do que se trata, salvo que seja algo que você nunca viu na vida ou no caso de sofrer de alguma doença neurológica que o impede de fazer este tipo de processamento. O processamento que pessoas sadias fazem instantaneamente sem saber como, nem é preciso saber. Seu cérebro opera no automático, mas como é essa operação?

É simples e complicada ao mesmo tempo. São várias regiões envolvidas que interagem entre si de forma a dar nome aos bois (ou qualquer utra coisa que você esteja vendo, mas vamos chamar de “bois”, mesmo. Ou “trem”, se você for mineiro).

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As diferenças dos cérebros humanos e demais macacos não são apenas o tamanho

Dá para perceber bem a diferença entre humanos e outros primatas só de olhar pra eles (embora não tanto se pegarmos apenas os comentários de portais de notícia). A principal diferença está no desenvolvimento do cérebro, embora a quase totalidade do cérebro seja parecida. Parecida, mas não igual. Mas quando e em que parte do cérebro começaram as mudanças? Bem, é o que uma pesquisa pretende explicar.

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Diferente de você, macacos são ótimos para trabalhar em grupo

Todo mundo sabe que trabalhar em equipe é um saco; ainda mais quando o professor é que resolve ele mesmo montar os grupos para fazer o trabalho. A maioria das pessoas não sabe trabalhar em grupo e isso é uma dor de cabeça para chefes, a despeito das bobajadas que esses “coaches” dizem nas palestras. A verdade é que estamos bem inferiores aos chimpanzés, que não veem problema nenhuma em trabalhar em grupo, como é comprovado numa pesquisa recente, em que os chimps são espertos não só na divisão de tarefas, como assumir a tarefa de um dos amiguinhos quando necessário.

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Sabe a última do papagaio? Até eles usam ferramentas

Papagaios são excelentes criaturas. É engraçado vê-los falando, ou melhor, imitando o som que nós fazemos. Suas belíssimas cores são um atrativo a mais, além daquele bicão curvo, excelente para arrancar nacos de carne da gente, quando algum mané cisma de ir brincar com o bicho.

Mas se você pensa que é só isso, está na hora de rever os seus conceitos. Papagaios são capazes de contar e até mesmo utilizar ferramentas, como vem sendo verificado desde 2013.

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Como os pássaros aprendem a cantar? Neurociência responde

A melhor definição que eu já vi para canto dos pássaros é do Átila Iamarino: “É quando um pássaro chama a fêmea de gostosa, enquanto xinga o outro de FDP!”. Seu canto é mais que para nos entreter (na verdade, nós somos literalmente empata-fodas quando ficamos perto deles cantando). Nisso, a Ciência procura entender como essas belezinhas canoras aprendem a cantar. É o que neurocientistas do MIT procuram responder, estudando tentilhões-zebra.

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Emprego de anestesia pode afetar estrutura cerebral de crianças e seu QI

Anestesia é bom e eu adoro se tiver que passar por qualquer intervenção mais dolorosa que cortar unhas. Eu não sou mártir para sentir dor e você pode me chamar de "banana" o quanto quiser. O problema é que novas pesquisas mostram que anestesias podem deixar efeitos colaterais, principalmente em crianças pequenas, cujo cérebro ainda está em desenvolvimento.

Mas, pelo jeito, não são apenas as crianças que são afetadas. Até mesmo adultos corem riscos, exceto comentaristas de sites de notícia, pois não podem ter danos num órgão que não possuem.

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Desenvolvimento cognitivo à luz da Teoria das Categorias

Crianças de cinco anos de idade podem raciocinar sobre o mundo ao seu redor, por meio de múltiplas perspectivas, e simultaneamente! Em outras palavras, seria como se as informações fossem processadas ao mesmo tempo, com (quase) todas as infinitas possibilidades.

A nova teoria não poderia ter surgido em outro lugar que não fosse o Japão, se bem que pesquisadores australianos também colaboraram. Eles fizeram uso de um ramo da matemática chamado “Teoria das categorias”, para explicar o porque das habilidades de raciocínio específico das crianças idades, especialmente em cinco anos. Continuar lendo “Desenvolvimento cognitivo à luz da Teoria das Categorias”

A vida moderna traz sobrecarga de informações ao cérebro

O mundo antigamente era menos complicado. Acordava-se de manhã cedinho, ia pra labuta (eu disse “labuta”), parava-se um pouco para comer, voltava-se ao batente e ia pra casa de noite, onde uma refeição quentinha (ou não) estava esperando, junto com uma esposa quentinha (ou não). Pelo visto, não se mudou muita coisa ao longo da história.

O homem não sabia grandes coisas, não tinha acesso à informação, não sabia nada. Outra coisa semelhante aos nossos dias, com a diferença que hoje somos bombardeados com todos os tipos de informação, como TV, rádio, jornais, revistas da Avon, propagandas, outdoors, galhardetes, placas, carros de som, celulares, fax, homens-sanduche, animadores de lojas etc. Com o tempo, chegou a Internet, com e-mail, websites, vídeos pornô de amadoras educativos, documentários, TV do restante do mundo, conteúdo pirateado e até um vídeo com a vergonha que você passou na formatura, quando bebeu todas e quase morre afogado na privada, devidamente postado no Youtube por algum “amigo seu”. É muita informação. Mas quanto dela é realmente útil? O quanto dela é realmente conhecimento (informação NÃO É conhecimento). Continuar lendo “A vida moderna traz sobrecarga de informações ao cérebro”

Cérebro trata ferramentas como partes do corpo

Em qualquer aula decente de artes marciais (não aquelas besteiras de Jiu-Jitso, onde ficam monte de homem se agarrando, Ui!), os alunos são ensinados a tratar as armas como extensões do seu próprio corpo, se bem que Chuck Norris faz de suas mãos armas letais, como uma serra elétrica ou uma britadeira. Obviamente, isso é uma mera metáfora dos velhinhos de olhos puxados, certo? Pelo visto, eles sabiam das coisas, já que pesquisas revelam que nossa gambiarra evolutiva que temos dentro da cabeça chamada “cérebro” processa instrumentos diversos – desde um martelo até uma escova de dentes – como se fosse um prolongamento de nosso corpo. Sim, eu sei o que você está pensando, mas deixe pra ir na sex-shop depois de ler o artigo. Continuar lendo “Cérebro trata ferramentas como partes do corpo”

Pesquisadores estudam como fazer robôs com cérebros quase humanos

Os fãs de Ficção Científica sempre sonharam com robôs com processos cognitivos semelhantes aos humanos, como é o caso do Comandante Data, mas fica difícil de saber se estes robôs sonhariam com ovelhas eletrônicas. O complicado disso é entender o máximo possível como se processam as informações no cérebro, bem como a complexidade de processos químicos e físicos, oriundos de bilhões de anos de evolução biológica, sob os cruéis efeitos da Seleção Natural.

Ao que parece, as pesquisas estão promissoras e parecem estar chegando lá. Não sei se chegaremos ao um “cérebro positrônico”, mas com certeza já temos as chamadas redes neurais artificiais. O futuro já chegou faz tempo, pessoal. Que o diga dois cientistas que estão conseguindo bons resultados nesse campo. Continuar lendo “Pesquisadores estudam como fazer robôs com cérebros quase humanos”