No futuro, asas de aeronaves irão bater. Condores riem.

Sejamos sinceros, a Evolução teve mais de 4 bilhões de anos para testar protótipos. Tudo o que você puder imaginar em termos de mecânica, a Natureza provavelmente já experimentou e descartou 99% delas (não que a Natureza não faça as suas gambiarras). Agora, uma empresa alemã resolveu reinventar o voo, criando um protótipo que voa batendo asas.

Isso até parece interessante, já que um curió bate asas, um pardal bate asas e algumas borboletas batem asas, enquanto outras saem purpurinadas em algum bloco de rua (mas juram de pés juntos que isso é só por causa do Carnaval). Agora, a empresa alemã Festo aprontou um protótipo voador que muito se parece com um pássaro. É o SmartBird. Eles pegaram o que de melhor tinha no conceito de voo e aplicaram no pequeno protótipo, o qual você poderá ver abaixo:


Só eu quem ficou esperando a Esquadrilha Abutre aparecer?

Muito delicado e voa, realmente, como um passarinho. Muito fantástico e inovador, não é mesmo? Quem jamais criaria uma máquina que simulasse o bater de asas? Bem, tem estes loucos e suas máquinas voadoras daqui debaixo:


Tá rindo do quê? Pode fazer melhor com os materiais e ferramentas que eles usaram?

Mas eles não chegaram a voa mesmo. São toscos, jamais levantaram efetivamente do chão.

Bem, você não está errado (muito). Acontece que o protótipo da Festo tem as dimensões de um pássaro, mesmo. Quero ver ele fazer um 747 fazer isso. As Leis da Física não se importam muito com o seu grau de inovação, sabe? Aliás, vamos perguntar a quem realmente entende de voar a opinião sobre a geringonça batendo asas.

Águias e condores não precisam ficar batendo asas. Isso deve fazer alguma diferença na classificação entre presas e predadores (na verdade, para águias só existem duas criaturas que voam: águias e almoços). Logo, este protótipo é uma merda, certo? Errado. É uma pesquisa interessante que procura entender o movimento dos pássaros e procura reproduzir a otimização de seus voos. Não interessa que um condor não voa batendo asas, eles usam correntes ascendentes de ar, mas se soltar o bicho em outro lugar, longe de seu habitat, as condições serão outras e seu modo de voar não será o mais indicado. Eu vejo este SmartBird, principalmente, como sistema de reconhecimento. a própria DARPA financia um projeto parecido: o Nano Hummingbird.

Ver o SmartBird voando é um deleite. É uma poesia volitando pela atmosfera com sua graciosidade.


Fonte: Discovery Magazine.

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