Cientistas criam robô com capacidade de camuflagem

Antes que algum exterminador apareça do nada na sua sala, é preciso que batedores sondem o local. Claro que esse negócio de apocalipse robótico não é tão simples e é preciso tomar cuidado, pois se algum desses batedores aparecer aqui no Rio, em menos de um dia estarão sendo vendidos na rua Uruguaiana (ou na 25 de março, caso acabem indo pra São Paulo).

Cientistas da Universidade de Harvard — cuja instituição não tirou 3 no IDEB e nem teve nenhum severo corte nas verbas – desenvolveram um robô com capacidade de camuflagem. Se você olhar pro chão agora e ficar em dúvida se ele está se mexendo, acho melhor ligar pro John Connor.

O dr. George Whitesides lidera uma equipe de pesquisadores na Universidade de Harvard, em parceria com o DARPA, a mãe do Skynet. Como vocês puderam ver no currículo do Lado Branco, ficou claro para vocês que ele é praticamente uma toupeira e mal deve saber do que está falando. O que a equipe do Seu Jorge desenvolveu é até meio ridículo à primeira vista: um robozinho sem graça, como aqueles sapinhos movidos a ar. Mas a aparência é ilusória. Aquele vermezinho é praticamente um camaleão robótico, tendo a capacidade de mudar a sua cor mediante o ambiente.

Além disso, ele ainda pode mudar a sua cor para não ficar parecido com o ambiente. Mas para quê?

Suponha que haja um acidente, como um prédio caindo, por causa de um terremoto. Várias vítimas soterradas. O Roboy, o Robô Amigo, por ser pequeno, pode passar mais facilmente pelos escombros e ser detectado mudando a sua cor usando tintas fosforescentes. E, não. O DARPA não está interessado em explodir o mundo com suas criações. Se suas criações decidirem isso, é outra história. Abaixo, o R2D2 colorido em ação:

Este robozinho só falta soltar tinta na sua cara para agir que nem um polvo, mas tá valendo. Ele está na categoria M3 (máxima mobilidade e manipulação). O robozinho feliz não foi bem pela estrada sozinho. Ele estava em terrenos pedregosos e até mesmo sob folhas, onde você vê facilmente quando ele quer se sobressair no ambiente, o que também é interessante se tivermos feridos numa selva. A mudança de cor é feita por fluidos coloridos que circulam por dentro dele, depois que sensores detectam a cor predominante e sua programação define se é para ele se esconder ou realçar, além de ter um sistema que aquece ou esfria os fluidos que circulam dentro dele, tornando-o praticamente invisível a detectores de infravermelhos.

Claaaaaaaro que pelas dimensões você não espera que ele dispute corrida com um guepardo (nem mesmo guepardos-robôs conseguem essa proeza). Sem os fluídos circulando pelo seu corpitcho, ele chega a uma velocidade estupenda de 67 m/h. Com esses fluídos, a velocidade é de cerca de 40 m/h, o que não é tão ruim assim (olha o tamanho dele, ora). Para fins de ser mais atraente, a velocidade deste vídeo foi acelerada, pois a original tem 2min27s, e seria tão divertido assistir assim quanto pintar uma parede, sentar-se e ver a tinta secar.

A pesquisa foi publicada no periódico Science, e as próximas pesquisas visam a suavização dos movimentos, já que a velocidade não é a coisa mais importante, e sim a flexibilidade do robô, capazes de se movimentar em espaços muito limitados. E, sim. Eu quero um!


Fonte: Mãe da Criança

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