Química das Bruxas: exploda a sua abóbora!

Mimimi, mas hoje nem é mais Dia das Bruxas, é dia de venerar os mortos, pois Dia das Bruxas é coisa dos imperialistas americanos com pacto com o diabo e a imprensa golpista. Temos que respeitar as tradições brasileiras e… e…

CHEGA! A questão é simples: o site não é SEU. Posto o que quiser, no dia que me der na telha.

Recebi um e-mail sugerindo um vídeo que eu achei muito legal (bem, eu também "leio" 9GAG nas horas vagas), mostrando poder sobrenatural da Química.

O que percebi — ainda mais lendo os comentários (sim, eu às vezes cometo esta insânia) — é que o efeito explosivo foi obtido com carbeto de cálcio. O carbeto de cálcio (ou "carbureto de cálcio", ou ainda "carbureto" apenas) possui fórmula CaC2. Em presença de água, ele reage formando hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e etino, também conhecido como acetileno (a wikipédia em português está um lixo), de fórmula C2H2.

Obviamente, uma explosão não faria cortes milimetricamente perfeitos. Eles foram feitos com uma faca, evidentemente e a força da detonação fez a expansão dos gases agir como propelente, empurrando os pedaços cortados para longe, num belo efeito pirotécnico. Imagino que os alunos estavam a uma distância segura e não sofreram danos físicos (os mentais já são de nascença, mesmo).

Não sou muito afeito a usar pirotecnias para ensinar mas, diabos, de vez em quando temos que nos divertir. Mostrar que podemos fazer coisas legais com os conteúdos chatos que aprendemos e, convenhamos, Química é chato, Física é um porre e Matemática é uma bosta enquanto ficarem apenas como letras e números escritos numa lousa.

O professor Bergmann tem outros vídeos interessantes em seu canal o YouTube e qual não foi a surpresa ao encontrar um conterrâneo de vocês lá (não vi nenhuma postagem de um tuvalense):

A despeito dos comentaristas do You Tube, vídeos assim servem para deixar algo insípido em algo divertido. Não é o tipo de coisa que deva se fazer em todas as aulas, mas de vez em quando é muito legal.

13 comentários em “Química das Bruxas: exploda a sua abóbora!

  1. Infelizmente não tive professores com esse nível de “nerdisse”.

    O mais próximo foi um de Geometria Analítica e Vetores que, quando via um aluno acender um cigarro na sala de aula, era capaz de sair derrubando mesas e cadeira para pedir um… :shock:

    Bom, teve a professora de inglês, que era anã e que.. deixa prá lá.

    (Sim, em 1982 era permitido fumar em sala de aula na faculdade)

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  2. Não tinha muitas aulas práticas de química no laboratório durante o ensino médio, talvez por isso muitos dos meus colegas consideravam química a… err.. a matéria mais chata do mundo.
    Ou seria falta de interesse mesmo…

    Mas enfim, acho que se houvesse mais aulas como essa, essa fascinante ciência despertaria mais interesse e curiosidade nos estudantes em geral.

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    1. O problema é que este tipo de aula resume-se em “Caraca, que maneiro! A abróba explodiu!”

      Outra: ter um laboratório no colégio não é garantia de atrair a atenção dos estudantes. Pode ter certeza disso.

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      1. @André, Entendo.
        O erro muitas vezes vem da sala de aula mesmo…
        Penso que já na aula teórica seria interessante abordar mais questões do tipo “como um avião voa”, ou “o mecanismo da explosão de uma bomba”…

        Mas realmente, nada desse bla bla blá ajuda se não houver interesse do aluno, porém aí entra uma discussão mais profunda que pode sair do cerne do artigo.

        By the way, sem querer bajular (mas já bajulando), ri litros com o atual plano de fundo do Cet.net :twisted:

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        1. O erro não vem da sala de aula. Vem de cima. O professor é apenas um funcionário como qq funcionário de uma empresa. Ele faz o que mandam, e se não fizer (mesmo que ele esteja com a razão) será demitido.

          Em uma empresa que eu trabalhei, o psicopata do meu chefe mandou fazer uma coisa de certa maneira. Eu disse que não ia dar certo, pois o modo correto era blábláblá. Ele disse que não importava, eu tentei argumentar mais uma vez. Daí ele selou a conversa: “André, eu sei que vc deve ter razão e está sugerindo o certo, mas eu QUERO que vc faça do meu jeito”.

          Fiz, deu merda e só comentei: eu avisei e ele ficou calado (na semana seguinte ele mandou fazer outra coisa do jeito errado, ignorando o que o outro profissional advertira).

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  3. Acho que também tive azar quando tive aulas de Química na época de colégio. Não se se é assim mesmo que deve ser, ou se os professores que não souberam mostrar o que há de interessante na matéria.

    Na escola em que estudei, o professor chegou, começou com a descoberta do átomo, ensinou sobre prótons, nêutros, elétrons, Tabela Periódica, passou por isótopos, isóbaros e isótonos. Até aí, tudo maravilha.

    De repente, depois de algumas semanas de aula, as aulas de Química viraram Matemática pura. Para nós alunos, na prática só ganhamos mais algumas aulas de Matemática na semana. O que ainda fazia lembrar que estávamos falando de Química eram os termos usados nos enunciados dos problemas.

    Realmente, tínhamos aulas práticas de laboratório, mas elas não tinham nada a ver com a matéria que estava sendo dada em sala de aula. Coisa do tipo estarmos estudando a parte de gases e no laboratório, fazermos uma experiência sobre soluções, tentar prever com quanto soluto ela ficaria saturada e depois fazer um relatório.

    Seria bom se pelo menos o que fosse visto em laboratório tivesse relação com a matéria dada em aula. Principalmente que os dois professores se conheciam e andavam sempre juntos.

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  4. Lembro que eu tinha um daqueles kits de química básica, vendidos em lojas de brinquedos. Era possível fazer várias experiências simples. Hoje nem sei se existem mais, era muito legal.

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      1. @André,

        Química é coisa de criança nerd, sem amigos e baixa auto-estima.

        Meu caso, na infância. Sem a baixa auto-estima, era folgado pra cacete. Aliás, continuo sendo, hehehehehehe

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