Relatório mostra que vacinas reduzem custos e mantém pessoas saudáveis. Chorem, anti-vaxxers

Uma mula nos comentários do meu vídeo sobre os retardados anti-vacina acha que tem pouca divulgação. Como ele não lê publicações científicas, ele não acha certo cobrarmos que anti-vaxxers do Inferno suas publicações comprovando os malefícios das vacinas. Poderiam ler, ao menos, o Boletim da Organização Mundial da Saúde publicado recentemente.

O novo boletim anual da Organização Mundial da Saúde traz uma pesquisa apontando que os os esforços de vacinação realizados nos países mais pobres do mundo desde 2001 evitarão 20 milhões de mortes e economizarão 350 bilhões (sim, BILHÕES) de dólares em custos de saúde até 2020. Os cem mil, em mil dólares deve ser economia só com aspirinas. Continuar lendo “Relatório mostra que vacinas reduzem custos e mantém pessoas saudáveis. Chorem, anti-vaxxers”

Projeto-de-Lei facilitando pesquisa científica vai pra vala. Valeu, peixe!

Em 2010, o Romário (sim, o jogador) se elegeu deputado federal pelo Rio de Janeiro. Com uma boa atuação, é verdade. Em 2012, ele apresentou um projeto-de-lei facilitando a importação de material para fins de pesquisa científica. O motivo é facilmente compreensível, ainda mais quando a Receita tributa uma doação de material altamente tecnológico: óculos de papelão para olhar pro Sol. O PL 4411/12 acabou sendo arquivado, o que não significava muito, já que o Romário se elegeu senador da República. Sendo assim, ele reapresentou o PL, feito sob seu mandato de senador, cujo relator foi o senador Cristóvam Buarque. Resultado? Arquivado de novo!

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Linguagem materna tem forte efeito sobre as habilidades cognitivas dos filhos

Nada melhor do que pais para deixar as crianças (as suas próprias) traumatizadas. Claro que não é só isso; o reforço pode ser positivo também, e a forma com que nós falamos com nossos filhos influencia em muita coisa, principalmente nas habilidades sociais deles (normalmente, sempre associamos para o pior lado).

Em recente pesquisa, evidências mostraram como a linguagem utilizada pelos pais para conversar com seus bebês influenciam-os até bem mais tarde.

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Cognição complexa é pré-requisito para se fazer um machado de pedra

Carl Sagan disse que para se fazer uma torta de maçã, era preciso inventar o Universo. Agora, uma pesquisa diz que para se fazer o que você julga ser simples, como uma machadinha de pedra, é preciso um cérebro mais desenvolvido e complexo, o que não é necessário para se usar a Internet, e muito menos para se comentar em blogs.

Pesquisadores analisaram a demanda cognitiva do paleolítico inferior e concluem que os caras não tinham pedras na cabeça.

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O que nos fez humanos pode estar no nosso DNA

Uma das principais perguntas sobre nós mesmos é "o que nos fez humanos?". Há muitas respostas, até mesmo partindo das pseudociências da Sociologia e Psicologia. Também tem o pessoal da Filosofia, mas, coitados, eles precisam se sentir úteis uma vez na vida. A resposta pode estar mais dentro de nós do que havíamos imaginado. Nossas habilidade, nossa capacidade de criar escrita, intelecto, cultura e a potencialidade de criar uma bomba nuclear pode estar muito bem mais enraizado do que imaginávamos. O segredo pode estar bem dentro de nossos genes, comandados pelo DNA.

Mas como chegar a essa conclusão?

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Pessoas são boas de nascença? Não é bem assim

Será que as pessoas já nascem com boa índole e altruísmo, ou qualquer influência externa pode nos fazer bonzinhos ou verdadeiros monstros? Existem várias explicações para o altruísmo. Alguns dizem que é inato, já nasce com a pessoa (enquanto outros nascem verdadeiros maníacos psicopatas). Outras teorias dizem que é um processo evolucionário, pois a ação de cuidar um do outro garante melhor sucesso de sobrevivência do que na base do "cada um por si".

Psicólogos de Stanford retomaram estudos sobre isso (na verdade, esses estudos nunca pararam) e concluíram que o comportamento altruísta pode ser regido por relações mais complexas do que se acredita até então.

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Suas mitocôndrias testemunham 4 bilhões de anos de história

A vida, na Terra, começou há cerca 3,5 bilhões de anos, salvo se você for tão idiota quanto o Ken Ham, que acha que o Universo tem uns 6000 anos e acredita em cobras falantes. Antes, era uma grande poça de substâncias químicas, e desta poça surgiu o que viria ser as primeiras moléculas auto-replicáveis. Pouco antes disso, tínhamos uma sopa melequenta, cm compostos orgânicos, que é chamada e Sopa Primordial. Dane-se, continuarei chamando de Sopa Melequenta!

Agora, pesquisadores descobriram que parte desta sopa melequenta ainda existe dentro e nossas células (como se o corpo humano por dentro não fosse nojento o bastante!)

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Cartinha aos futuros cientistas

Eu recebo muitas mensagens. Algumas me elogiam, outras tiram dúvidas, outras reclamam que eu sou muito ácido e ofendo o coraçãozinho puro das pessoas. Agora, uma mensagem que eu recebi chegou a ser tocante. Uma menina de 18 anos que quer fazer Ciência, mas ninguém disse como, e vemos que há algo muito errado no Brasil, quando nem mesmo professores parecem ter amor pelo que ensinam nem se entusiasmam.

Assim, vou reproduzir o e-mail e respondê-lo aqui mesmo.

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Estado indiano recebe energia elétrica após 65 anos. Você tá rindo do quê?

Vi um artigo no Meio Bit falando sobre como o acesso à internet via dispositivos móveis (celulares, tablets etc) soma em torno de 15% do total do fluxo. A verdade é que nem todo mundo necessita de acessar internet a cada 5 minutos. Nem todo mundo sente que precisa escrever no Twitter que acabou de ir no cinema ver o filme do Meu Querido Pônei e as Fadinhas Safadas.. Nem todo mundo precisa usar o Instagram, Facebook ou Foursquare, numa eterna demonstração de autoimportância ao avisar a todos os seus contatos que ele está tomando uma cachaça no boteco do seu Antenor, postando foto do pratinho de croquetes.

Enquanto o mundo não deixa de ser o que é, vi uma outra notícia dizendo que finalmente um estado da Índia conseguiu ter acesso ao supra-sumo da tecnologia: eletricidade. Só estão atrasados uns 200 anos.

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O torpe declínio da qualidade da Educação não é só aqui

Podemos pensar que só o Brasil possui péssimos índices educacionais, como evidenciamos no artigo sobre o PNAD. No entanto, vemos que a vagabundagem que forma a classe política não é algo exclusivo do Brasil, e nem pra isso servimos para nos destacar. A Educação dos EUA anda mal das pernas também, em parte porque o sistema político de lá confere independência aos Estados para definirem suas leis, fazendo com que alguns Estados tenham excelentes desempenhos, enquanto outros são sofríveis. Continuar lendo “O torpe declínio da qualidade da Educação não é só aqui”