
As telas se tornaram uma parte constante de nossas rotinas diárias, e isso também se estende às crianças, ainda mais com um monte de pai preguiçoso e displicente que, cada vez que a criança diz um “A”, já dá o celular para ela calar a boca e não encher o saco, já que filho só é bom em foto de Instagram, de preferência quando for para fazer algum publi para ganhar dinheiro. Alguns associam limitar celulares e tablets a assistir TV, só que o que se está observando é que está genuinamente afetando o desenvolvimento cognitivo das crianças.
Ou seja, essas crianças são mais lentinhas, pois são filhas de adultos idiotas.
A drª Tiia Tulviste é pesquisadora em Psicologia e professora de Psicologia do Desenvolvimento na Universidade de Tartu, na Estônia. Tiia resolveu estudar o impacto do uso de celulares e tabletes por crianças e pesquisou os pais e seus filhos sobre o uso de sua própria tela, os hábitos de tela de seus filhos e as habilidades de linguagem dos rebentos.
O resumo foi que há uma ligação clara: os pais que passavam muito tempo usando telas também tinham filhos com maior tempo de tela, o que, por sua vez, estava associado a habilidades de linguagem mais fracas. Como direi, estão tudo com capacidade de comunicação comprometida, porque o cérebro não se desenvolveu. Isso me lembra quando há muito tempo começaram a pesquisar o uso de vídeo games por crianças e adolescentes e acharam que isso ia deixa-los mais espertos, com agilidade mental afiada e altas capacidades de raciocínio matemático.
Tanto lá como aqui deu no mesmo: as crianças emburrecem. Sim, é isso, mas fica mal colocar numa pesquisa, apesar de ser a verdade.
“Ain, mas eu…”
Sua mãe já te falou que você não é todo mundo (ou, de repente, é como a maioria mesmo).
A pesquisa da tia Tiia evidenciou que os hábitos de tela das crianças refletem de perto os de seus pais. Com as telas ocupando o tempo da família, há uma competição crescente entre a comunicação face a face e o uso da tela, o que pode afetar o desenvolvimento da linguagem. No total, foram entrevistadas 421 crianças com idades entre dois anos e meio e quatro anos, pedindo aos pais que estimassem quanto tempo cada membro da família passava nas telas durante um dia típico de fim de semana. Os pesquisadores também avaliaram quanto tempo as famílias passavam assistindo a telas juntas e coletavam dados sobre as habilidades linguísticas das crianças.
O estudo categorizou pais e filhos em grupos de alto, moderado e baixo uso de tela e descobriu que crianças com menos tempo de tela tinham melhores pontuações de gramática e vocabulário.
A grande questão que não foi abordada (ou se foi, não foi mencionada no trabalho) é que os pais NÃO QUEREM se comunicar com os filhos.
A conversação desempenha um papel crítico no desenvolvimento da linguagem, mas dá trabalho. Toma, moleque, segura o celular e me deixa ver o jogo!
Depois o que acontece? Você posta algo como “o cara cria cães ferozes e atiçou dois deles para estraçalhar um gato e pagou multa de 6 mil reais enquanto a multa por usar VPN é de 50 mil”, e o Enzo Valentino que usa celular desde os 2 anos te chama de bolsominion e te manda tomar no cu, como bom imbecil com retardo mental grave e incapacidade de entender QUAL era a sua crítica.
A pesquisa foi publicada no periódico Frontiers Development Psychology

Eu sempre me lembro de uma pesquisa da UNICAMP dizendo como que o acesso a Internet piorava o desempenho escolar das crianças. E com uma faceta mais cruel. Quanto mais pobre era a criança, pior era o desempenho escolar dela.
Ah!!! Esqueci de dizer que a tal pesquisa da UNICAMP é de 2007 – https://www.scielo.br/j/es/a/vYvDnfWxzQDnvNxnj9m4LTd
CurtirCurtir
Quando começou a pandemia e as crianças todas foram pro e-learning, eu vi a minha vizinha dando um celular pra filha de 7 anos pra estudar, mas o que ela mais fazia era assistir vídeo no YouTube, porque a menina ficava o tempo todo querendo atenção (não lembro se ela tava trabalhando na época ou não) e a mulher só sabe gritar. Corta três anos depois, eu perguntei (nem lembro pq) se ela sabia ler e ela disse que não, “por causa do covid”. Mas se botasse uma porra dum Funk a menina dançava “bonitinho”. Eu saí de lá e ainda tô em dúvida se ela aprendeu a ler ou não.
CurtirCurtir