De acordo com a OMS, há cerca de 300 milhões de pessoas afetadas pela depressão. Entre os muitos problemas que podem levar, estima-se que a depressão é responsável por cerca de 800 mil suicídios todos os anos, sendo a segunda principal causa de morte em jovens de 15 a 29 anos. Um dos principais antidepressivos receitados é o cloridrato de sertralina (também conhecido como “sertralina”).
Agora em a bomba: uma intensa investigação reportou que o antidepressivo mais comumente prescrito mal alivia os sintomas da depressão moderna, em que os pacientes que tomaram a sertralina não passaram de melhorias insignificantes no humor. Alguma coisa errada não está certa!
O dr. Glyn Lewis é professor de Psiquiatria Epidemiológica da Divisão de Psiquiatria na Faculdade de Ciências do Cérebro da Universidade College London. Segundo Lewis, antidepressivos funcionam, mas talvez de uma maneira diferente da maneira que se estava pensando originalmente, pois parecem estar trabalhando primeiro nos sintomas de ansiedade antes de possíveis efeitos menores e posteriores na depressão, concluindo que precisamos de melhores tratamentos para a depressão.
O que o levou a pensar isso foi a pesquisa que ele liderou para analisar se antidepressivos estavam fazendo o seu trabalho. O resultado foi excelente em termos de ciência, pois se aprendeu um bocado, e uma catástrofe na hora que a gente pensa que havia alguma certeza que se estava, senão resolvendo, melhorando o quadro das pessoas depressivas. Não está parecendo ser o caso.
O estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido, sem a participação de companhias farmacêuticas, é o maior estudo controlado por placebo de um antidepressivo. Incluiu pessoas com sintomas leves a moderados de depressão, para as quais havia incerteza clínica sobre se eles realmente precisavam de tratamento.
O resultado foi alarmante e os pesquisadores se “chocados e surpresos” com os resultados e pediram o desenvolvimento de novas classes de medicamentos. Motivo?
O estudo incluiu 654 voluntários com idades entre 18 e 74 anos, que receberam o antidepressivo por 12 semanas ou um placebo. Os resultados mostraram que os sintomas eram 5% menores após seis semanas no grupo da sertralina, o que não era indicativo de ser nada muito eficiente. Após 12 semanas, houve uma redução de 13%, uma descoberta que os especialistas descreveram como “fraca”. No máximo, a sertralina ajudou na redução da ansiedade, com uma redução de 21% nos sintomas em seis semanas e 23% em 12 semanas.
Talvez, seja por isso que as pessoas achem que está funcionando. Mas a longo prazo não está. O que fazer então? No momento, não muita coisa, antidepressivos que pouco funcionem é melhor que não ter antidepressivo nenhum, mas que é preciso intensificar as pesquisas para a busca de novos e melhores remédios é inegável.
A Pesquisa foi publicada no periódico The Lancet Psychiatry, e você poderá ler na íntegra.
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