Mundo Ético: Foca fofinha passa o rodo em pinguins sexys

O mundo de Hades prova que toda a tosqueira que vemos por aí não é nada comparado com o que a Natureza pode prover. São chimpanzés assassinando, besouros guerreando,  formigas escravizando e, agora, o mundo internético está de pernas pro ar ao saberem (depois de muito tempo, mas só agora saiu nos sites de notícia) que foquinhas lindinhas estupram os coitados dos pinguins.

Muitos, como eu, estão achando muito engraçado. Outros estão achando que isso incentiva homens a estuprarem mulheres e, bem, o feminismo está aí, né?

O dr. Nico de Bruyn é pesquisador do Departamento de Zoologia e Entomologia da Universidade de Pretória. Ele estuda os comportamentos de animais nas regiões polares até que deu de cara com uma foca que resolveu que smokings é que nem vestido colado de sainha curta. O pinguim estava rebolando maliciosamente e a foquinha feliz resolveu ficar mais feliz ainda dando uns pegas no pinguim-real. Todo mundo ficou escandalizado. Abaixo, um vídeo explicando por meio de infográficos o ocorrido, mediante as mais modernas técnicas de animação de 1990.


Adorei o pinguim com pé de pato e cachecol!

Foram documentados três incidentes de focas abusando sexualmente dos pinguins, com vários outros episódios registrados nos últimos 30 anos. Nestes três últimos, um dos pinguins morreu. Que o gelo lhe seja leve. Os pinguins que foram atacados estavam reagindo desesperadamente, mas o peso da foquinha feliz não deixava que eles se livrassem.

De acordo com Bruyn, o ataque das foquinhas sobre os pinguins pode ser um comportamento aprendido associado com algum tipo de recompensa, ou pode ser um caso extremo de interferência reprodutiva, isto é, quando indivíduos de uma espécie se envolvem em atividades reprodutivas com indivíduos de outra espécie. Em outras palavras, a foca quer apenas revirar gerar seus descendentes de qualquer maneira e não dá a mínima se é com outra foca, com um pinguim ou o seu cunhado.

A pesquisa foi publicada no periódico Polar Biology, mas quem marcou presença mais uma vez foi o jornal Meia Hora (thanks, Cardoso!)

O pessoal das interwebs ficou chocado, mas eu achei engraçado Por quê? Para que vocês parem de frescura, dizendo que só os seres humanos são um bando de FDP, enquanto a natureza é boazinha. A Natureza NÃO É boazinha. Patos possuem pênises em forma de saca-rolha, enquanto que o canal vaginal das patas é espiralada também, mas pro outro lado (v. Conflitos sexuais e evolução moldam a morfologia genital dos patos). O pato precisa forçar a cópula, ou nada de patinho.

Todo mundo fica chocado, rangendo os dentes, rasgando as roupas, alegando que isso prova que homens são um mal da Natureza. Tem até uma retardada alegando que deveria-se exterminar 90% da população masculina, e o que sobrar virarem reprodutores. Ninguém diz um "A". É aquele lance de se eu sair com uma camiseta "100% Negro" sou um cara descolado, antenado com a causa das minorias e reconhecido como um cidadão de princípios. Se eu sair com uma camiseta "100% Branco", sou um nazista, escravagista, opressor, filho da puta etc.

Vocês acham que a Natureza é lindinha que nem nos desenhos da Disney. Simba teria comido o Pumba e palitado os dentes com os ossos do Timão. É por achar que a Natureza é cuti-cuti-cuti que aquele moleque imbecil, filho de um pai retardado, resolveu dar osso de galinha prum tigre. O chupím joga fora os ovos do tico-tico e coloca os seus lá. O babaca do tico-tco cria chupim achando que são tico-ticozinhos. Águias comem coelhinhos se eu fosse como tu e golfinhos também adoram estuprar fêmeas. De repente a Feminitheist está certa e devemos matar pessoas, mas para o nosso padrão de moralidade, matar também não é errado?

Não é uma questão de "certo" ou "errado". Nós criamos esses padrões. Na Arábia Saudita, mulheres não pode dirigir carros, assim como eles lá acham um absurdo aqui elas usarem mini-saias. Mas uma coisa é certa: Focas e pinguins são melhores que humanos em, pelo menos, uma coisa: não ficam em redes sociais com discursos simplistas sobre moralidade (devidamente kibado do Contini)

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