Nova técnica usa terapia genética contra cegueira

O mais importante dos sentidos, com certeza é o tato. Sem ele, estaríamos incapazes de perceber o perigo à nossa volta, nos machucaríamos, quebraríamos ossos e nada sentiríamos. Ainda assim, a visão é o sentido mais lamentado por se perder. A perda do tato não nos permite sentir nossos entes queridos e interagir com o mundo, mas deixar de ver o mundo também é deplorável, apesar de eu achar que qualquer sentido que se perca fará uma imensa falta.

A Ciência corre cada vez mais rápido e a meta é tentar fazer o milagre de fazer cegos enxergarem (de verdade e não mandingueiros trapaceiros que pagam gente para se fingirem de cegos). A ferramenta está em nós mesmos, então, as pesquisas apontam o uso de terapia genética.

O dr. Robert Maclaren, nao projeta carros de Fórmula 1. Sendo médico, ele sabe que mesmo se andar pelos escuros campos, tateando, ele não temerá mal algum, pois a Ciência estará lá com ele. Como professor do Laboratório Nuffield de Oftalmologia, da Universidade de Oxford, O dr. Lótus MacLaren estuda como combater a Choroideraemia, uma doença hereditária que causa cegueira e afeta 1 em cada 50 mil pessoas (algumas estatísticas dizem 1 entre cem mil pessoas).

Se a choroideraemia é de origem genética, então para a genética caminharemos e cantaremos, seguindo o refrão. O Centro de Pesquisa Biomédica de Orxford já noticiava a respeito do trabalho do dr. Williams MacLaren, em 2012, e parece que o bom doutor está no caminho certo. Ensaios clínicos usando a terapia genética para o tratamento de pacientes com choroideraemia demonstraram que a técnica, que insere cópias saudáveis ??do gene CHM/REP-1 defeituoso nos olhos de pacientes afetados, pode restaurar a visão. É uma espécie de lanternagem genética dentro dos zóio do paciente.

O delivery genético ficou a cargo de um vírus transportando DNA pronto para a lanternagem, e foi feito em doze pacientes, sendo que apenas os resultados de seis pessoas foram incluídos na publicação que saiu no periódico The Lancet. Sim, só 6. Isso em termos de ciência é muito pouco para atestar a vericabilidade da técnica, mas, bem, Koch testou primeiro num paciente para saber se sua vacina contra tuberculose funcionava (a rigor, ele mesmo).

Se a pesquisa tem um resultado muito duvidoso? Claro que tem, e isso é ótimo: estimulará outros pesquisadores, céticos quanto à técnica, a testarem-na, aumentando quantidade de trabalhos e pesquisas e avançando na Ciência e melhorando esta técnica cada vez mais; e tomando por base que os resultados (oficiais, pois são os que foram publicados) apontam numa melhoria visual estupenda, com os pacientes tendo restauradas (ou quase) completamente a visão noturna, então, sim, esta pesquisa realmente merece ter algum crédito e ser testada até confirmação total.

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