Maluquice do Dia 2: Justiça Federal proíbe UFSC de usar animais nas aulas de medicina

Eu sempre disse que Ciência e Educação no Brasil nunca foram prioridade. Isso ficou bem claro quando a Justiça Federal proibiu o uso de animais em aulas práticas do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina por causa do pedido de um "instituto" abolicionista Animal. Sério, só o nome já me faz rir à beça! Então, a formação dos médicos será como? O juiz não se preocupou muito com isso, claro.

Esse juiz entende TANTO do que está julgando que alegou que o uso de cobaias em aulas e pesquisa são feitas de forma cruel, conforme notícia do G1, trazido pela Emma Bovary (??). Ele citou até as leis contra rinha de galo, afinal, duas galinhas de testosterona elevada é a mesma coisa que alguém pesquisar a cura do câncer. Mas juízes são formados em advocacia, não se pode esperar algo diferente.

Eu, particularmente, não sei como esperam que o aluno estude e o pesquisador… er… pesquise. Eu imagino que seria usando fantásticas técnicas como esta aqui:

Como um grupo tem tanta influência em um juiz ponto de brecar tudo? Para servem comitês de ética? Bem, se se discute leis contra blasfêmias e a PEC 37 ameaça tirar do Ministério Público poder de investigação, daqui a pouco será temerário usar inseticida. Se bem que com o número de mortes por causa da dengue, isso já deve estar em curso.

Próximo passo: cancelar anestesia e acender incensos ao lado do paciente para expulsar os maus espíritos.

14 comentários em “Maluquice do Dia 2: Justiça Federal proíbe UFSC de usar animais nas aulas de medicina

  1. Vi esta notícia no Diário Catarinense, e fiquei impressionado com os comentários que postaram lá, defendendo a decisão da Justiça, e condenando a Federal por ser especista.
    Já que este pessoal defende tanto os animais, por que não se apresentam como voluntarios para os futuros médicos treinarem técnicas cirúrgicas?
    Pensando bem, só ia mudar o tipo de animal :mrgreen:

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  2. Só achei estranho uma coisa, quando eu era estudante da graduação e fui para um evento organizado pela Fesbe (Federação de Sociedades de Biologia Experimental) assisti uma palestra onde deixaram claro que no Brasil já era proibido o uso de sacrifício de animais para fins didáticos, só sendo para funções de experimentação e pesquisa. Se não me falhe a memória isso nem é resolução de algum conselho da vida, é lei (ou era, na época).

    Nunca mais li sobre o assunto.
    Houve alguma mudança na legislação?

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  3. André. dá para liberar o nome do monstrinho que ilustra o artigo? Fiquei curioso Este com certeza não vão querer proteger, junto com morcegos, aranhas, sapos e ratos.

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  4. Eu vi que utilizavam uma espécie de macaco numa atividade didática.
    Será que existe alguma alternativa sem o uso de animais? :?:

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    1. @Rubens Mesquita,

      Tem, o uso de filmes, e ou, softwares de simulação.

      Uma coisa parecida aconteceu a uns anos atrás aqui na minha cidade. A Furb (Blumenau-SC) utilizava cachorros também nas aulas de veterinária, não só cachorros mas porcos, gatos, galinhas, etc. também eram usados. Um grupo de retardados dotados de uma capacidade cerebral digna de um parafuso, começaram uma manifestação para proibir o uso dos animais nas aulas praticas de veterinária. Como a Furb era a unica faculdade que utilizava os animais, a população levava eles já adoecidos ou velhos para que fossem usados para uma causa nobre, isso ajudava tanto para que ninguém joga-se os animais no meio da rua como para diminuir a população de cachorros e gatos de rua a não ficarem muito grandes. Ganharam a causa. Hoje, não se tem um local onde se pode levar os infelizes animais, por que petshops e veterinarias daqui não pegam animais velhos, só os novinhos. O povo começou a jogar os animais na rua mesmo quando não os queriam mais, e hoje virou um grande problema.

      Ai agora vem “vegetarianozinho” encher o saco que não podemos fazer nada com os animais que soltam aqui na minha rua. Que virou uma especie de “point da galera” que quer se desfazer do animal. E a Furb formando veterinário especializado em ratos.

      E é assim que a UFSC vai ficar;

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      1. @Bruno Luiz K.,
        Filmes: Se for uma patologia nova ou rara. Como se estuda a mesma. Aliás, como se cobra que um aluno identifique a mesma? Pausando o filme?

        Softwares de simulação: Espero que você não seja da área de inormática, pois um software de simulação não é uma coisa simples. Existem milhares de variáveis a serem contabilizadas, qeu podem estar ali ou não. Por mais poderoso que seja um computador ele não consegue simular a realidade. A Matrix não existe e se for possivel um dia, tenha certeza que não será completa!

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        1. @JCFerranti, Eu tentei ser um pouco sarcástico mas esqueci de colocar uma risada

          Hoje faço psicologia mas já fui programador e fiz até o 6 semestre de ciências da computação (só não pergunte por que mudei para saúde (ou humanas, ainda não definiram certinho)). Em uma palestra de bioética quando começaram a falar sobre retirar os ratos e utilizar softwares de simulação eu expliquei a dificuldade, complexidade e etc. Mas “ativistazinho” parece não ter audição para isso, e continuaram falando em softwares de simulação.

          E o vídeo, para veterinário, só no Brasil mesmo. É extremamente melhor eu estudar o ratinho ali na caixinha de Skinner ao vivo e a cores, do que ver um vídeo velho, a pratica “cola” melhor na memoria do que só ler e ver o vídeo.

          Ainda acho que, o mais engraçado de tudo, se o futuro veterinário passar a faculdade toda só vendo videos, como que fica a capacidade dele de salvar realmente o que esses ativistas tanto protegem?

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  5. Acho mais do que certo, os animais têm tanto direito à vida e à dignidade quanto nós (talvez até mais do que certos seres que se dizem “humanos”). Hoje, a tecnologia está muito desenvolvida e permite simulações virtuais, fazer bonecos perfeitos e sempre há os cadáveres. Um dia todos evoluirão e acharão tão repugnante e absurdo judiar de animais, como achamos hoje terem escravos alegando que eram inferiores (sim chegaram a usar mulheres negras como cobaias, cruelmente!) .

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    1. Não, filhote de vegan, a tecnologia não consegue simular um corpo vivo com toda a sua complexidade. Larga o Facebook e pergunte a um pesquisador sobre isso.

      E aposto que você tem um inseticida em casa.

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    2. O que acontece é que se fosse possível não usar cobaias nos testes isso seria feito, se não por questões humanitárias seria pelo custo.

      O problema é que ainda não é seguro usar apenas simuladores com a tecnologia atual que temos e provavelmente, mesmo com simuladores ainda será preciso testar em seres vivos antes de colocar qualquer medicamento em produção e venda.

      Também não gosto de ver animais sendo usados, mas não há nenhuma alternativa melhor e proibir testes em animais é o mesmo que dizer que animais são mais importantes que seres humanos. Adoro animais (principalmente cachorros), mas se a vida de qualquer humano estiver em risco não exito em salvar humanos antes de animais.

      A alternativa a usar animais é usar humanos. Você gostaria de ver isso?

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