O NOAA é uma espécie de irmã da NASA. Enquanto a NASA cuida de qualquer coisa que voe dentro ou fora da atmosfera, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera cuida de estudar eventos climáticos e tudo o que diz respeito aos oceanos.
Seu site tem muitas informações, e terá mais ainda, pois você poderá ter acesso a mapas do fundo do reino de Netuno (e em 3D!), mas é pouco provável de ver A Ariel cantando Under the Sea.
Agora, meu caro sedento por informações científicas, você ficará por dentro de tudo sobre batimetria. Batimetria não é um sistema de medição usado pelo Batman. É um conjunto dos princípios, métodos e convenções utilizados para determinar a medida do contorno, da dimensão e da posição relativa da superfície submersa dos mares, rios, lagos, represas e canais. Seu nome deriva da palavra em grego βαθύς, que significa “profundo”. É uma coisa tão importante que a Wikipédia lusotosca tem um artigo que esgota o assunto.
Sendo direto e sucinto, é importante saber a topografia do solo oceânico. Pesquisadores usam as técnicas de batimetria para recriar, normalmente em 3D, tudo que está embaixo da superfície daquele que anda com cara de mau e tem um tridente pronto pra espetar você (Netuno, gente. Netuno!).
Você sempre quis dar uma olhadinha no fundo do mar, mas tem excesso de preguiça e falta de dinheiro pra aulas de mergulho? O NOAA fez o favor de disponibilizar para qualquer um mapas do fundo do mar, bem como outros dados sobre as costas do mundo, plataformas continentais e oceânicas profundas. Tudo isso disponível on-line.
Você, professor, ao invés de ficar preso a esses livros vagabundos que seu colégio obriga a usar, toma vergonha nessa cara e dê uma aula de verdade. Seja reacionário e dê um DANE-SE pro vestibular (ok, eu sei que você irá correr igual a um maluco para fechar o programa depois, mas vai por mim: compensa!).
O sistema desenvolvido pelo NOAA compila dados de solo oceânico da costa até mar aberto, incluindo os mais recentes dados batimétricos em alta resolução.
ACESSE JÁ, e me agradeça depois.
Os ‘profis’ (como a molecada chama), mais jovens, terão dificuldades sérias em relação ao site do NOAA: está tudo em “ingreis” – será mais fácil continuar nos livrinhos curriculares, o salário ‘mixórdio’ virá do mesmo modo. Ah! se não estiver no facebook também não é importante.
As imagens são belas e deveriam servir para alguma coisa, pelo menos.
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Obrigado Tio André!
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Muito bom hoje termos programas para explorar coisas. De Google Earth a similares. Eu adoro isso :D
Obrigado, André! :D
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Vou preparar uma coletânea de aplicativos para iOS e Android voltados pra Ciência e Educação. (não, ainda nem comecei, e sim, eu sei que estou em débito com outros artigos).
Sugestões são bem-vindas, mas POR E-MAIL!
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Valeu André, muito interessante esse aplicativo.
Acho que seria interessante que os professores buscassem essas ferramentas para melhorarem as aulas, no entanto eu duvido que isso acontecerá.
Eu trabalho na área da educação e o que vejo são bons materiais sendo ignorados em prol de algum manual tosco. Um exemplo é que muitas escolas públicas tem a série “Cosmos” em suas bibliotecas, mas nunca vi nenhum professor a usar.
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Há uma série de situações que explicam.
1) Normalmente, é o colégio que escolhe qual livro didático usar. Alguns são verdadeiras atrocidades, como o que eu postei certa vez no Twitter um scan de um livro que diz que Astrologia é uma ciência.
2) Os professores são formados, não para serem professores, mas para continuar disseminando besteiras psicopedarretardadas.
3) Vestibular. Como o conteúdo de Cosmos não cai no vestibular, e muitos colégios preparam pro vestibular desde a 6ª série (6º ano), sobra pouco tempo para ensinar coisa que preste.
4) Idiotas incompetentes. Sim, afinal mal profissional existe em todas as profissões.
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